Situação distinta separava o 13º aniversário – data do vexame diante do América, do México, no velho Maracanã – do duelo de hoje. Logo, a vantagem que já era larga, deixou o Volta Redonda sem outra opção, e no desejo de buscar o improvável, o time levou dois gols do catadão do Flamengo em 20 minutos, o que decretou o fim da primeira semifinal do Estadual de 2021.

Foi assim: o aurinegro começou cumprindo a obrigação de atacar, mas viu suas ilusões perderem o rumo quando Gabriel deixou Michael livre para fazer 1 a 0, e chegar ao fim da linha logo depois, quando o próprio artilheiro meteu o segundo, após receber de Pedro. Restava observar de que forma o Flamengo poderia aproveitar os próximos 70 minutos, principalmente Gabriel Batista, Ramon e Max, que na prática pertencem ao terceiro time rubro-negro, se é que isso existe.

A propósito, é interessante notar como atletas que brilham em pequenos quase sempre desaparecem diante dos grandes, mesmo que ocorra contra o “alternativo” – como chamam agora – do adversário. Citamos aqui especificamente Alef Manga, que fez excelente campeonato, mas que foi plateia na semifinal.

Veio o segundo tempo. Aos quatro minutos, Vitinho enfiou 4 a 0, e o Flamengo, curiosamente continuou brigando. O Volta Redonda e a Portuguesa formaram bons times para o Estadual. Mas são como remédios ou alimentos perecíveis. Ambos têm prazo de validade. Logo, apesar do desejo que o time da Gávea mostrava para ampliar, não foi possível fazer uma avaliação efetiva dos novatos. Gabriel Batista praticou duas boas defesas, Max, muito tímido, acabou substituído, e Ramon deu um belo passe para Vitinho, no quarto gol. Aos 27, Gabriel, o homem dos gols sagrados em Lima, e hoje o melhor em campo, saiu do palco. Aos 32, Rogério Ceni abriu espaço para André Lucas, Gabriel Barros e Rodrigo Muniz, mas o tempo que sobrava era mera formalidade. Aos 44, mão de Gomes e gol de João Carlos, cobrando pênalti.

Resta ao torcedor rubro-negro orar para que o Flamengo jogue as finais com o time titular. Não há motivo para não fazê-lo. Muito pelo contrário. Vitória em Fla-Flu decisivo vale mais – para os dois lados – que dezenas de caleras e barranquillas.

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