O Flamengo fez prevalecer, de fato, a sua enorme superioridade sobre o Olimpia, ao goleá-lo por 5 a 1, e o maior problema de Renato Gaúcho agora, na Libertadores, será o de convencer os comandados que os próximos compromissos na competição estão a léguas de distância da facilidade que o time teve nas quartas de final, pouco importa o que vem pela frente.

Pois é. O Olimpia hoje é um clube em crise, com um time fraquinho, ruim em todos os quesitos. Ninguém deve 60 milhões de dólares à toa. Mas até que começou fazendo um jogo correto, marcando com acerto, buscando o contra-ataque com passes medidos. No entanto, ao levar o primeiro gol, de Gabriel, com meia hora, percebeu definitivamente que a possibilidade de surpreender era impossível. Poucos depois, Bruno Henrique meteu 2 a 0, o que praticamente anulou qualquer chance de reviravolta, sob o ponto de vista do placar agregado. Mas houve a obra perfeita de Recalde.

Logo, o último momento de sobrevivência, na visão do Olimpia, é claro, teve fim quando William Arão fez 3 a 1 no começo do segundo tempo. O time paraguaio começou a bater. E levou 4 a 1 em seguida, gol contra de Salcedo. Os treinadores providenciaram substituições e o que restava era apostar qual seria o resultado definitivo. Ainda teve o bis de Gabriel, 5 a 1, de cabeça. E ficou assim.

Pois de agora em diante, muito pelo contrário, o Flamengo, se quiser o título, é evidente, terá que obedecer a três regras básicas. Jogar com toda a seriedade possível, seja qual for a equipe ou o momento da partida, e manter o time titular o tempo que for possível, não importa o placar. E não adianta alegar que o desgaste dos futuros adversários foi maior nas quartas de final, pois a superação geral, nessa maldita Libertadores, é sempre absurda. O terceiro mandamento é evitar discussões com árbitros, pois hoje, ao contrário da época em que você não havia nascido, as arbitragens são quase sempre imparciais. Vale lembrar ainda que a intimidação na casa alheira também é muito menor, embora jogar fora exija muito cuidado, como visto na taça atual, por exemplo, contra o La Calera, no qual o Flamengo empatou por considerar que não teria qualquer problema.

Outro grande problema: os reservas do Rubro-Negro estão em plano inferior ao dos titulares. Não fosse assim e o clube não iria à Europa buscar reforços. Mas essa essa é uma questão interna. E é fato que as cartas estão na mesa.

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