A homenagem a Evaristo de Macedo, um dos grandes craques da história, acabou sendo completa, com a vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Grêmio. Foi  jogo excelente, de placar exagerado, tantas as chances desperdiçadas, inclusive do tricolor gaúcho, que em várias ocasiões mirou o gol e acertou a trave. Há muito que corrigir na Gávea, principalmente do meio para trás, mas é fato que vale mesmo, no futebol, é bola na rede. E isso quem fez foi o Rubro-Negro.

Quando o Flamengo abriu o placar, aos 23 minutos, em finalização de Éverton Cebolinha, o Grêmio, e próprio time da casa ,já haviam desperdiçado pelo menos duas boas oportunidades. Isso deixava evidente que as linhas ofensivas superavam as de trás, embora o clube sulista o fizesse em contra-ataques, e o carioca, jogando em casa, fosse, por necessidade, mais objetivo.

Bruno Henrique celebra o gol que marcou, o primeiro após a cirurgia no joelho que o tirou de ação por quase um ano –  Wagner Meier/Getty Images

Na realidade, a zaga tricolor, teoricamente com três homens, confundia-se com freqüência. Tanto que o próprio Renato Gaúcho apontava o problema, que colaborou para a jogada que originou o 1 a 0. O Grêmio mostrava tal vulnerabilidade, mas não sentiu efetivamente o golpe. Assim,  continuou tentando tocar a bola. E o Flamengo, em vantagem, passou a tomar maior cuidado defensivo, para dificultar as investidas do adversário. Tentou  surpreendê-lo em velocidade, e de tal forma que teve excelente chance para aumentar, com Gabriel, na pequena área, aos 32 minutos. O goleiro segurou. Até o fim da etapa inicial, o jogo permaneceu preso entre as intermediárias, pois as equipes, trocando em miúdos, não conseguiram nada de positivo.

Flamengo amplia o papel ofensivo no segundo tempo

O Flamengo fez duas substituições no intervalo, lançando Ayrton Lucas e Pedro, sacando o improvisado Léo Pereira e Gabriel, que era dúvida, ampliando, pelo menos no papel, o poder ofensivo. E o Grêmio voltou sem mudanças, insistindo na construção de jogadas baseada em troca contínua de passes, explorando espaços eventuais, e perdeu ótima oportunidade logo aos 11 minutos, quando Bitello, de frente para a meta, chutou em Porto Alegre.

Mas era uma partida francamente indefinida, pois o visitante prosseguiu em busca do empate, e o Rubro-Negro, com placar mínimo, necessitava garantir a vitória. Como ocorre habitualmente, Arrascaeta teve que sair, dando lugar a Victor Hugo, o que diminui a criatividade. Não foi, porém, o que ocorreu, pois Pedro, aos 19, acertou de fora da área, no canto direito: 2 a 0.

Bruno Henrique fecha o caixão

Mas é fato que em duelo de tal nível não há partida ganha, e é preciso manter o pique, notadamente quando o rival ainda não desistiu. Aos 25, Bruno Henrique substituiu Cebolinha. Pouco depois, aos 30, Vinicius – aquele do Ceará – quase marca em bola colocada. Aos 33, Fabrício Bruno meteu a mão na bola e a arbitragem ignorou. Aos 35, Renato Gaúcho resolveu apostar tudo, lançando Nathan e Galdino nos lugares de defensores. A ordem era atacar. Aos 45, Suarez acertou as duas traves numa só conclusão. Nos acréscimos, Bruno Henrique, livre, bateu fora. Villasanti mandou outra no pau. E eis que aos 50, e isso é futebol, Gérson cruzou para Bruno Henrique, de cabeça, fechar o caixão do Grêmio e a homenagem a Dom Evaristo: 3 a 0.

O Andarilho de Rosário, como dito, tem mais sorte que juízo. Ou competência.

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