Não se joga uma final em dois meses. Tampouco se vive uma decisão antes do tempo. Será preciso uma rigorosa administração de pernas e fôlego para que Flamengo e Palmeiras, os últimos dois campeões da Libertadores, cheguem para o grande confronto de 27 de novembro em Montevidéu (URU), em condições ideais de apresentar um grande espetáculo, visto o calendário apertado do futebol brasileiro.
Afinal, ninguém quer que se repita o fiasco técnico da decisão do ano passado vencida pelo Alviverde diante do Santos, no Maracanã. Um jogo ruim e que não deixou saudades!
No momento, os paulistas aparecem na vice-liderança do Brasileirão, com 35 pontos, a quatro do líder Atlético-MG. Enquanto isso, os cariocas ocupam o quinto lugar, com 31, e ainda estão na semifinal da Copa do Brasil.
Voltando à Libertadores, a estratégia de Abel Ferreira está super bem ajustada, uma vez que sua equipe, reconhecidamente menos criativa, costuma atuar cumprindo a risca as determinações do seu comandante. Foi assim nas partidas da semifinal diante do Galo, adversário com elenco superior ao Alviverde.
O Palmeiras não sabe (e não pode!) atuar de outra forma. O problema é que, até a data da finalíssima, Abel não terá pela frente muitos adversários parecidos com o Flamengo para manter sua filosofia treinada em alto nível.
Com Renato Gaúcho a história é diferente.
Por mais que haja, obviamente, metodologia de trabalho, o time possui variações imensas (e intensas), inclusive com os nomes que vêm como opção do banco de reservas. Com isso, o técnico terá tempo para investir em novas possibilidades tendo em mãos o super plantel rubro-negro.
É verdade que o Flamengo conta com uma maior quantidade de jogadores que retornaram do futebol europeu e estão mais habituados a controlar os nervos. O Palmeiras tem mais jovens que ainda não viveram o sonho do Velho Continente. Tudo isso pode contar na reta final da temporada.
Manter o controle e impedir que a tensão e a ansiedade pela finalíssima passem do limite muito antes do tempo. Estes serão os desafios dos técnicos dos finalistas da Libertadores-2021.
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*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10
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