O Flamengo venceu o Bangu por 3 a 0, em Volta Redonda, apesar do que você vai ler, mantendo a liderança da Taça Guanabara. Na realidade, o adversário a ser vencido, o único que poderá tomar-lhe o título, é o Fluminense, não pela vitória que obteve há um mês, pois era um duelo entre reservas, mas porque é o time mais bem armado, além do clima que envolve o Fla-Flu, dentro do que quadro que se vê.
Vale ressaltar ainda que alegar “falta de ritmo’ do Rubro-Negro está longe de ser desculpa, pois todos ali ganham fortunas, e não tinham nenhuma necessidade de férias, após três meses de descanso forçado pela pandemia, em 2020. Todos deveriam continuar normalmente em atividade após o Brasileiro.
O Bangu entrou com vários zagueiros, uma retranca absurda, e o único e evidente objetivo de evitar o pior. Mas o Flamengo, como faz habitualmente, dominou completamente no primeiro tempo, repetindo, no entanto, o erro daquele catadão que disputava o Estadual até então: não consegue traduzir a superioridade com bolas na rede. A diferença é que o time titular é mais objetivo e cria mais oportunidades, o que na realidade não muda o quadro, pois o placar segue em branco. Impossível tecer comentário mais óbvio. A propósito, Gabriel teve um gol mal anulado, pois quem estava em posição irregular era o bandeirinha, atrasado em relação à linha de ataque.
Seguindo: o Flamengo das estrelas também deixa muito menos espaços para os adversários, embora praticamente todos sejam frágeis, sem capacidade, na prática, para ameaçar. A exceção nesse campeonato é o Fluminense. Mesmo assim, o Flamengo conseguiu levar gol do Boavista. E pior: perder dois pontos. Voltando ao Bangu, que não consegue armar sequer um contra-ataque, e sem disfarçar a irritação de quem escreve, o Rubro-Negro demorou 45 minutos para fazer 1 a 0, com Bruno Henrique, de cabeça.
O fato é que o jogo recomeçou, e com ele a quantidade de chances atiradas no lixo, o que leva a crer que há excesso de firula, ou falta de seriedade, pois o time de 2019 – que é o mesmo – liquidava os jogos com meia hora. Contra pequenos, então, nem se fala.
Aos 20 minutos, Gérson, o melhor em campo, deu para Arrascaeta, que chutou no canto direito, para marcar 2 a 0. Aleluia. Mas o Flamengo continuou perdendo gols, assim como a vitória, que era óbvia antes jogo, jamais foi ameaçada. Aos 84, Gabriel ampliou para 3 a 0, em boa conclusão, no ângulo direito. O problema é que em algum momento surgirá um adversário mais forte – como dito, provavelmente o Fluminense – e será terminantemente proibido desperdiçar tantas oportunidades.
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