O Flamengo venceu o São Paulo por 1 a 0 e está nas finais da Copa do Brasil. O resultado foi injusto – os paulistas mereciam no mínimo o empate – e a queda de rendimento do Rubro-Negro após a lamentável estratégia de poupar jogadores é bastante evidente. O time depende hoje de eventuais brilhos individuais. É de se imaginar que o nível cairá acentuadamente em um mês. Esse Flamengo de hoje não suportará decisão de torneio algum. Aliás, o conceito de burrice do torcedor quando grita “É Seleção” é estarrecedor. Será que ninguém nota que isso vai fortalecer os adversários?

Flamengo vence o São Paulo. Mas o time paulista merecia, ao menos, o empate – Marcelo Cortes / Flamengo

 Pois as outras perguntas que não querem calar agora são: Dorival Júnior vai aguardar as duas decisões, a da Copa do Brasil, em 12 e 19 de outubro, e a da Libertadores, dia 29, para escalar titulares? A diretoria rubro-negra não tomará providências em relação a essas convocações absurdas das seleções para amistosos vagabundos? E se os craques voltarem desses joguinhos safados contra africanos contundidos? Na realidade, parece não há qualquer preocupação com nada disso, e tudo ficará largado às traças, seguindo o roteiro desastroso do ano passado, à exceção, é claro, da presença de Andreas Pereira, o pior dos atores coadjuvantes.

O jogo do Flamengo

A partida de hoje começou ditada pela vantagem do Flamengo e a necessidade que o São Paulo tinha de marcar pelo menos dois gols. O time carioca jogava o suficiente para sustentar o resultado, e o paulista ameaçava, sem muita organização, uma reação, obrigando Santos a manter a atenção. Após 25 minutos, o visitante diminuiu o ritmo, e o da casa passou a arriscar ações efetivamente ofensivas, embora nada ocorresse, além do gol bem anulado de Pedro. O São Paulo começou a viver aquele dilema que costuma arrancar a paz de qualquer equipe, gigante ou pequenina: ou sai definitivamente em busca da felicidade, ou tenta evitar o pior, e acaba envolvido pelo adversário, que tem tempo e tranqüilidade a seu favor.

Aos 35 minutos, o ataque do Flamengo trocou passes, e Arrascaeta concluiu, à direita de Jandrei: 1 a 0. Se já estava difícil para o Tricolor perdendo de dois, é absolutamente trágico, é claro, de três. Com o placar, o Rubro-Negro fica à vontade, e o time do Morumbi não sabe mais o que faz: se impede o desastre fatal ou aguarda o intervalo para repensar o jogo.

Aos frangalhos

Curiosamente, Rogério Ceni não fez nenhuma mudança. A ordem agora é buscar o resultado, dado que no futebol tudo é possível, e nessa toada o São Paulo tem a bola, finaliza como pode, e o Flamengo, retraído, aposta em liquidar nos contra-ataques. Aos 20, o visitante resolveu mexer, notadamente para ampliar o fôlego, pois na prática é uma trocação de seis por meia dúzia. Dorival Júnior também fez substituições, e a meia hora restante, tempo à beça, ainda mantém o placar aberto. Algo a ser notado, ali, é a freqüente discussão entre os jogadores rubro-negros, pois o time está sofrendo tremenda pressão. Mass o relógio foi girando, o São Paulo não conseguiu sequer empatar, e o Flamengo, aos frangalhos, chegou ao fim com a vaga na mão.

Há, porém, uma imensa diferença entre a euforia da torcida e o futebolzinho do time. Com o tempo, utilizando reservas, e tomando dribles das seleções, só tende, como dito, a piorar.

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