Foi na conta do chá. O Flamengo venceu o Corinthians por 2 a 1, no Maracanã, e decide o Brasileiro no próprio estádio, diante do Internacional, que derrotou o Vasco por 2 a 0, e manteve a liderança. O fantástico desse campeonato não é o clube gaúcho chegar próximo do título, pois fez uma campanha quase sempre regular, mas a posição do Rubro-Negro, que perdeu uma grande quantidade de pontos para times que buscar apenas fugir ao rebaixamento.

O Flamengo teve a posse da bola em praticamente todo o primeiro tempo, pois o Corinthians optou pela velha estratégia de ficar atrás, para surpreender nos contra-ataques. O time carioca fez 1 a 0 logo aos nove minutos, na cabeçada de William Arão, mas passou a jogar em ritmo lento, e às vezes desatento, como ocorreu aos 19, quando Araos tomou de Diego e deixou Léo Natel livre para empatar. Daí em diante, e até o intervalo, o jogo foi monótono.
Na prática, o duelo só ganharia vida se o Flamengo, dada a necessidade de vitória, voltasse disposto a encurralar sem trégua o adversário, que não sugeria mudança de comportamento, convencido que a igualdade, nas circunstâncias, era um bom resultado.

A equipe do Rio voltou tentando jogar com maior velocidade, e embora não fosse o suficiente, conseguiu fazer 2 a 1 novamente aos nove minutos, com Gabriel, escorando passe de Éverton Ribeiro, após longa observação do VAR.
Sem muita escolha, Vágner Mancini trocou três jogadores, lançando Ramiro, Luan e Roni, com o objetivo de tornar o Corinthians mais veloz, o que deveria exigir maior esforço do Flamengo. E outro gol para decidir. Gérson – sozinho – criou uma chance incrível, aos 25, mas preferiu, equivocadamente, dar o passe lateral.

E a partida ficou completamente indefinida, daí novas mudanças de ambos os lados, visando, é claro, alguma vantagem. Na realidade, o Flamengo parecia esgotado, pois abria muitos espaços, acreditando em um lance individual para resolver de vez. O Corinthians, efetivamente no coração, pois já não mostrava organização, dependia de um lampejo. Que não veio. O fato é que, não importa como o Rubro-Negro ganhou do rival paulista, e como chegou à decisão, mas que continua no páreo.

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