O Flamengo ganhou enfim o Estadual ao derrotar o Nova Iguaçu por 1 a 0, em confronto sofrido, que prendeu o grito da galera até os 70 minutos, quando Bruno Henrique marcou o gol. Foi o 38º título carioca e sétimo invicto do clube. Os demais: 1915, 1920, 1979, 1996, 2011 e 2017. O Nova Iguaçu sofreu com contusões consecutivas. Notadamente no ataque, mas cumpriu o papel que lhe era devido: incomodar o adversário e evitar o pior. A propósito, a moça que informou sobre a quantidade de títulos, esqueceu de mencionar Taça Guanabara e Taça Rio de Janeiro. Afinal, os rivais, quando vencem, colam o pôster na parede.

Na prática, a Taça Guanabara e o Estadual são títulos que podem ser ainda mais importantes. Pois as demais competições serão efetivamente complicadas. O Flamengo sofrerá desfalques terríveis no Brasileiro e na Copa do Brasil. Por causa da absurda e maldita Copa América – é torcer contra Brasil e Uruguai na primeira fase para recuperar logo os craques. E porque dificilmente o River Plate deixará a Libertadores escapar, sabendo que jogará a decisão no Monumental de Nuñez.

Bruno Henrique celebra o gol decisivo – Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

Tite escalou corretamente o Flamengo

Tite ignorou as especulações, titulares ou reservas. Fez o correto, lançando os principais jogadores. Afinal das contas, a partida era decisiva. E mais: o adversário de quarta-feira, na Libertadores, no Maracanã, é o Palestino, que é horroroso, e apanhou de 4 a 0 do Bolivar, na estréia, atuando em casa, no Chile. Se esse time disputar o Estadual do Rio brigará – é sério – contra o rebaixamento. O Flamengo tem a obrigação de golear para fazer saldo, o que pode ser decisivo.

O Flamengo fez, no primeiro tempo, a sua pior partida em 2024. Um horror. O Nova Iguaçu não marcou porque não foi ousado o suficiente. Enquanto o Rubro-Negro tentava administrar a vantagem, o adversário controlava o jogo. Assim, buscava, com arremesos de fora da área, a possibilidade de sair na frente. O time da Gávea foi criar chances – apenas duas, com Éverton Cebolinha e Arrascaeta – nos acréscimos, quando o laranja já havia ameaçado em pelo menos três oportunidades. A própria torcida, incluindo os torcedores que não sabem nada de futebol, observavam tudo quase calados, tal a inoperância da equipe, o que é assustador, tal a evidente diferença entre os clubes, em todos os quesitos.

Bruno Henrique

O Flamengo voltou para a etapa derradeira mais ligado, e em duas ocasiões, com Éverton Cebolinha e De La Cruz, quase marcou, embora o Nova Iguaçu não tivesse desistido do resultado, tocando a bola, procurando sair com a tranqüilidade, mesmo que o tempo fosse cada vez mais escasso. É fato, porém, que o equilíbrio não permitisse, por incompetência de ambos os lados, a movimentação no placar. Aos 70 minutos, enfim, Bruno Henrique – que, acredite, é reserva – entrou em campo e fez 1 a 0, após passe de Ayrton Lucas da linha de fundo, acertando o ângulo esquerdo de Fabrício. Daí em diante, os treinadores promoveram várias substituições, e o jogo ficou arrastado, pois o Nova Iguaçu já sabia que a causa estava perdida. E jogou a toalha.

Mas a coisa continua. Agora o Flamengo tem a obrigação de golear o Palestino, que é um time h-o-r-r-o-r-o-so.

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