O Flamengo de Vitor Pereira – que entregou o Mundial de Clubes a um clube da Arábia Saudita e perdeu quatro títulos em 65 dias – venceu o Vasco por 3 a 1. Mas o resultado não importa. O que vale no Flamengo hoje é demitir o treinador lusitano. Com ele, o Rubro-Negro não ganhará nada. Os donos do clube conservam o cidadão no cargo, sem que haja motivos aparentes para tal, e ele vai empilhando fracassos, superando seus próprios recordes negativos.
Foi o jogo da irritação. Qual das duas vale mais: a apresentação de baixo nível do Flamengo, ou a incompetência do técnico do Vasco, Nenê, que grita muito fora do campo, e que dentro do gramado não vê a cor da bola?
O Flamengo foi uma confusão só. Difícil estabelecer as posições de cada um. O time fez 1 a 0, em chute de Pedro de fora da área, em sobra de jogada de Ayrton Lucas, aos 15 minutos. Mas nem com a vantagem conseguiu encaixar o suficiente para fazer 2 a 0 e complicar definitivamente a vida do Vasco. O jogo do Rubro-Negro não flui. Vale quase sempre o individual. Tanto que o adversário chegou ao empate aos 28, em falha da zaga, que permitiu a conclusão de cabeça de Capasso. Quem estava próximo do zagueiro argentino era o atacante Pedro. Na realidade, o time de São Januário também não apresentava nenhuma maravilha de futebol, mas procurava, nas suas limitações, ser mais objetivo, na marcação e notadamente quando tinha a posse da bola. Levando-se em conta o que se viu até ali, era impossível, no intervalo, apostar em um vencedor.
O Flamengo voltou para a etapa derradeira totalmente perdido, e o que chamam de treinador fez três mudanças aos 13, com a missão, teórica, de consertar as bobagens que havia realizado. E não seria um absurdo afirmar que o Vasco não soube, até aquele momento, aproveitar o baixíssimo nível que o adversário oferecia. Fosse um time mais esperto e já teria liquidado. Mas a coisa continuou.
Após um punhado de equívocos, notadamente, em dado momento, da incompetência do Vasco em aproveitar o péssimo futebol do Rubro-Negro para marcar o que seria o gol da vitória, o Flamengo acertou um contra-ataque, algo raro, e Capasso fez pênalti claro em Matheus França, que hoje resolveu despertar da mediocridade freqüente, e Pedro anotou 2 a 1, na cobrança. Pois eram tantos os erros, que a coisa continuava indefinida, até que Ayrton Lucas invadiu a área e enfiou 3 a 1.
Na prática, não é possível que o Flamengo tenha vencido por 3 a 1, e que o Vasco não conseguisse ganhar o que estava em suas mãos..
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