Uma funcionária da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirma que o presidente Rogério Caboclo tentou regular suas roupas e amizades na entidade máxima do futebol brasileiro, de acordo com o site “Globo Esporte”. Os detalhes da acusação foram expostos após a vítima apresentar a denúncia na última sexta-feira (4).

A defesa de Caboclo desmente a funcionária e garante que vai provar a inocência do presidente em investigação na Comissão de Ética da CBF.

Rogério Caboclo é o atual presidente da CBF – Lucas Figueiredo/CBF

Segundo a funcionária, o assédio aconteceu neste ano, em São Paulo, após reunião na casa do dirigente. Na denúncia, Caboclo teria chamado a funcionária de “cadelinha”, além de oferecer biscoitos de seu cachorro. Após reclamação da mulher, o presidente da CBF emitiu sons de cães latindo em sua direção.

Palavras da funcionária 

“Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive, com tratamento médico. De fato, hoje apresentei uma denúncia ao Comitê de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas”, disse a funcionária.

Além dos insultos, Caboclo teria repreendido a funcionária após a mesma reclamar do tratamento dado por ele durante a reunião. No dia seguinte, Caboclo pediu que a funcionária se distanciasse de pessoas da CBF. Segundo ela, o presidente ainda repudiou as roupas de trabalho que a funcionária utilizava no prédio da instituição.

Em outro episódio, também na CBF, Caboclo teria chamado a funcionária para consumir bebida alcoólica e pedido que ela retirasse sua máscara. Por sua vez, a funcionária teria se recusado e dito que não tiraria porque havia tido contato com pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

A imagem de Rogério Caboclo ficou manchada após essas denúncias. Alguns presidentes de federações estaduais e dirigentes de público, discretamente, comentam sobre uma possível renúncia do manda-chuva. Além das denúncias, o ambiente causado pela marcação da Copa América no Brasil, após recusas de outros países, contribui para o cenário conturbado do mandatário.

Jair Bolsonaro, Presidente da República, e Rogério Caboclo, Presidente da CBF- Leonardo Barrilari / Divulgação COL

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