Quando a bola rolar para Athletico-PR e Flamengo nesta quarta-feira (17), às 21h30, na Arena da Baixada, o coração de um torcedor carioca em especial vai bater pelo Rubro-Negro… Paranaense! Afinal, estará em disputa uma vaga na semifinal da Copa do Brasil.

Morador de Vila Isabel, bairro localizado na Zona Norte do Rio, João Marcos Santos tem 27 anos, é profissional da área de educação física e torcedor fanático do Furacão. Mas se engana quem pensa que o amor é recente. Tampouco um modismo pela excelente fase que vive o clube.

João Marcos na Arena da Baixada, na final da Copa do Brasil de 2019 diante do Internacional – Arquivo Pessoal

“Comecei a torcer para o Athletico em 2004 . Aquele time tinha Washington, Fernandinho, Diego, Dagoberto. Assim, fomos vice-campeões brasileiros naquele ano. Eu me apaixonei pelo Furacão. Afinal, fiquei encantado pela maneira com a qual aquele time jogava. A exemplo da torcida athleticana, que já fazia lindas festas. Além disso, já fui algumas vezes ver jogos em Curitiba. Quando consigo escapar, apareço lá na Arena. Mas sempre que o time vem jogar aqui no Rio de Janeiro eu tento estar presente”, contou ele, em conversa com o Jogada10.

Paixão já foi em outras cores

Apaixonado por futebol desde criança, João tinha entre nove e dez anos de idade quando passou a alimentar um sentimento especial pelo clube paranaense. Mas admite que seu coração já bateu forte por outras cores.

“Antes eu era Botafogo. Afinal, meus pais e irmão são alvinegros. Mas não teve jeito. A paixão pelo Athletico tomou conta de mim. Costumo ir muito aos jogos das equipes cariocas porque amo futebol. Vivi um pouco a época do Maracanã quando tinha a geral. Após as reformas para a Copa do Mundo de 2014, se mudou um pouco a maneira de torcer, principalmente a torcida do Flamengo”, disse o torcedor, já esquentando a provocação aos flamenguistas.

João Marcos acompanhou as quartas de final entre Flamengo e Atlético, pelo mata-mata nacional. Para ele, o ambiente hostil que o Galo enfrentou no Maracanã, ainda mais após o discurso de Gabigol no Mineirão, não será sequer sombra do que está reservado para os comandados de Dorival Júnior em Curitiba.

“Na Arena da Baixada, vai ser muito pior. Com a motivação pela vaga na semifinal e também depois dessa goleada sofrida no Rio (5 a 0 pelo Brasileirão, no último domingo), o clima vai virar o verdadeiro inferno. O Flamengo verá de perto. Desde as ruas de fogo para recepcionar a delegação ao barulho ensurdecedor dentro da arena”, assegurou.

João registra sua presença na Arena em um Athletico x Flamengo, pela Libertadores de 2017 – Arquivo Pessoal

“A proximidade da torcida com o campo é um diferencial. É possível dialogar com os atletas. Nesses jogos grandes os athleticanos fazem ainda mais diferença. Cantam o tempo todo, jogam junto, independentemente do resultado. Se tiver de vaiar, só após o apito final. A atmosfera é diferente de tudo o que já se viu. Não será diferente nesta quarta”, acrescentou.

Torcedor carioca acompanhou vitória pela Libertadores

João acompanhou um duelo entre os adversários rubro-negros na Arena da Baixada, pela Libertadores de 2017. Na ocasião, a vitória foi do Athletico por 2 a 1 em jogo válido pela fase de grupos.

Em razão das restrições de público no período mais crítico da pandemia do novo coronavírus, o torcedor ainda não conseguiu se programar para o esperado retorno à Arena da Baixada. A última vez em que marcou presença na casa athleticana ocorreu na decisão da Copa do Brasil de 2019, vencida diante do Internacional.

“Dessa vez vou ver de casa. A torcida do Athletico aqui no Rio costuma se reunir para ver o jogo. Mas não vou conseguir chegar lá a tempo. Então vou focar todas as minhas energias em casa mesmo. A vaga será nossa”, encerrou.

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