O CEO do Atlético Madrid, Miguel Ángel Gil Marín, emitiu um comunicado por meio do site oficial do clube, nesta quarta-feira (21), e comentou sobre os cânticos racistas da torcida do clube contra Vini Jr, que foram flagrados antes do clássico com o Real Madrid. Dessa forma, o dirigente colchonero afirmou que é “inaceitável alguém pensar que os torcedores são racistas”, e que os acontecimentos antes do dérbi foram feitos por uma minoria.

“Conheço bem os nossos torcedores e é inaceitável que alguém possa pensar que são racista. Esses gritos de uma minoria envergonham o Atlético e não podem manchar a imagem do clube, nem o comportamento e o sentimento da grande maioria”, explicou o CEO do clube.

Atlético de Madrid repudia comportamento

Além disso, Miguel Ángel Gil destacou que “o clube vem demonstrando há anos que abomina e repudia esse tipo de comportamento”. Por outro lado, o clube somente se manifestou sobre o caso dois dias após a partida, e sequer mencionou o nome de Vini Jr.

Miguel Ángel Gil Marín, CEO do Atlético Madrid – Reprodução

“O clube vem demonstrando há anos com fatos que abomina e repudia esse tipo de comportamento que se torna um flagelo da sociedade. Temos protocolos rígidos para a prevenção e erradicação da violência. Nos últimos cinco anos, foram abertos 433 processos por diversos comportamentos contrários a estes regulamentos internos e 51 sócios foram expulsos. Continuaremos sendo contundentes nesses assuntos, mas estamos cientes de que um ato isolado de um torcedor pode inviabilizar todo esse trabalho. É um risco ao qual qualquer clube está exposto. Mas não vamos baixar a guarda”, explicou o dirigente.

O caso de injúria racial sofrido por Vini Jr, inclusive, chegou ao Congresso da Espanha e o Parlamento espanhol aceitou, de forma unânime, a denúncia contra o Atlético e exigiu que as entidades do futebol tomem medidas. Além disso, deixaram claro que os casos de racismo no futebol do país não acontecem em casos isolados.

Resposta ao presidente da Espanha

Outra figura pública que também se manifestou foi o presidente da Espanha, Pedro Sánchez. Torcedor do Atlético, o presidente afirmou que “esperava uma mensagem forte dos clubes contra esse tipo de comportamento”. Em contrapartida, o CEO do clube também comentou sobre o pronunciamento de Pedro Sánchez.

“Agradeço que nos lembre da nossa obrigação e concordo 100% com o seu comentário. Devo também salientar que perseguir esses flagelos é trabalho de todos, não apenas dos dirigentes do clube. Eles nos acusam quando na realidade também somos vítimas”, completou Miguel Ángel Gil.

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