Gabriel é o jogador mais importante do Flamengo atual. Das três Libertadores, ele decidiu duas, e fez gol na outra final. No 1 a 0 sobre Athletico, o maior jogador em campo foi Éverton Ribeiro. Sim, o Flamengo é o campeão invicto da taça. É de se imaginar a expressão de Vinicius Júnior ao saber que talvez seja obrigado a enfrentar o Flamengo no Mundial. E a de Luiz Felipe Scolari, que agora soma mais um ao sete… a um. Já são oito. Scolari, põe o pijama e nos deixe em paz.

Gabigol corre para comemorar o gol do título. O gol do tri – Gilvan de Souza / Flamengo

A propósito, as críticas ao comportamento do clube, escalando reservas ao longo de tanto tempo, foram feitas por alguém com décadas de futebol, que já viu esse futebol oferecer o que há de pior, o que, para o seu bem, e o da Nação Rubro-Negra, dessa vez não aconteceu. Há várias formas de ver esse jogo, otimista ao extremo, ou simular pessimismo, para dar sorte. É assim que funciona.

Athletico surpreende na escalação

Ao contrário do previsto até uma hora antes, o Athlético escalou apenas dois zagueiros, preferindo pressionar o Flamengo, para evitar a construção do jogo desde a retaguarda, o que tornou a partida cadenciada, pois nenhuma das equipes queria cometer erros grosseiros, optando por calcular passes e jogadas ofensivas. Mas é fato que o time do Paraná começou mandando no duelo, que sentia visível desconforto com a situação, tanto que não acertava praticamente nada. Aos 19 minutos, Felipe Luiz sentiu contusão, e deu a vaga a Ayrton Lucas. O Flamengo, na prática, não tinha a menor noção de como mudar o panorama.

O maior lucro da equipe carioca, até ali, é que nenhuma das equipes entrou com vantagem, ou seja, sem obrigação de marcar o gol para desfazê-la, pois havia tempo para administrar o cenário. O time da Gávea começou a segurar a bola, para impedir o ímpeto eventual do Athlético. Logo, nada acontece no campo. Aos 42, no entanto, Pedro Henrique, uma dama, passou o sarrafo em Ayrton Lucas, e como já havia levado o amarelo, foi expulso. Bastava ao Flamengo, naquele instante, aproveitar o momento de desatenção do adversário. Nos acréscimos, Éverton Ribeiro cruzou e Gabriel empurrou para dentro, na pequena área: 1 a 0.

Segundo tempo, Flamengo é tri

O rubro-negro sulista preferiu não mexer, mas aguardar o intervalo para montar, quem sabe, uma nova estratégia. Sem maiores novidades, o Athletico recompôs a defesa, lançando Matheus Felipe no lugar de Alex Santana, apostando no desdobramento de meias e atacantes. É fato também que a equipe paranaense recuou, pois, na prática, um gol apenas, em contra-ataque, seria o suficiente para recolocá-lo no jogo. Aos 11, Luiz Felipe Scolari tentou ampliar o poder ofensivo, lançando Rômulo e Canobbio, e a partida entra em um compasso de espera, pois se o Flamengo não faz o segundo, continua arriscando-se a tomar o empate. Muita bola para rolar.

O time carioca parece demasiadamente apressado na troca de passes, o que dificulta a conclusão correta das jogadas, e aos 25 minutos dá também a impressão de amargar algum cansaço. Dorival Júnior troca Thiago Maia, com a língua de fora, por Arturo Vidal. O Athletico põe Terans, para ousar definitivamente, pois não há mais o que temer. O Flamengo começou a trocar demais. As peças principais estão fora. Santos defendeu a falta cobrada por Terans. A bola não entrará mais.

E o sofrimento acabou. Agora pode “preservar” à vontade.

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