O Botafogo é a maior vítima da arbitragem nacional em 2024. Aliás, são os jogadores alvinegros os maiores reféns da falta de critérios dos assopradores de apitos e maquinistas do VAR da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade, como de conhecimento geral, desprovida de credibilidade. São três jogos com evidências escancaradas de incompetência e má vontade com o Glorioso. Nas três oportunidades, os infratores saíram incólumes. Estes escândalos colocam o futebol pentacampeão mundial sob suspeita. A propósito, as imagens, em frame, impedem que os néscios clubistas e palpiteiros de boteco da imprensa do 7 a 1 desqualifiquem as justas queixas da diretoria do Mais Tradicional.
A integridade física dos atletas do Botafogo está em risco nesta edição do Campeonato Brasileiro por conta da atuação dos árbitros e dos operadores de televisão. A arbitragem da CBF atravessou o Rubicão nesta temporada. Ao invés de coibir agressões, permite, então, a violência física contra profissionais de um dos participantes de seu principal torneio.
Martinelli, do Fluminense, deixou as travas da chuteira sobre um dos tornozelos de Gregore, do Botafogo. “Ação contínua de chute. Pode seguir”, interpretou o juiz de vídeo. Moura, do Vasco, obrigou Tchê Tchê a levar seis pontos em uma das canelas por conta de uma entrada criminosa. O VAR sequer recomendou a revisão. Na última quarta-feira (4), Filipe Augusto, do Cuiabá, atingiu Gregore de forma extremamente violenta e contou com a condescendência da arbitragem para permanecer em campo. Recebeu apenas um cartão amarelo, de fachada. O que falta para o vermelho? Alguém ficar seis meses no departamento médico, impedido de exercer sua profissão?
Em contrapartida, quando Marçal foi imprudente e atingiu um jogador do Corinthians, a tecnologia convocou o árbitro imediatamente para expulsar o lateral-esquerdo do Botafogo. Dois pesos e duas medidas, conforme reza a cartilha da CBF e de acordo com o esgoto dos bastidores.
VAR seletivo
O VAR não faz vista grossa apenas para as jogadas mais ríspidas que os atletas do Botafogo sofrem. A falta de critérios para assinar pênaltis é assombrosa. O irresponsável Halter, do Glorioso, empurrou Pitta na área. Penalidade máxima, inclusive, que o péssimo Paulo Cesar Zanovelli (Fifa/MG) só enxergou porque foi alertado pelo vídeo. Semanas antes, Júnior Santos, de costas, também foi atropelado, de maneira acintosa, por um defensor do Athletico-PR. A arbitragem, em mais um subterfúgio, entendeu que o Alvinegro havia levado vantagem, mesmo em um ataque perdido.
Houve, também, um pênalti claro, em Janderson, contra o mesmo Furacão, em 2023, no primeiro turno do último Brasileirão. Outra vez, um jogador do Botafogo era derrubado dentro da área, com o VAR, claro, ignorando completamente. A tecnologia arbitra segundo a camisa.
Retaliação contra o Botafogo?
Lamentavelmente, a corrupção é parte do ecossistema do futebol brasileiro. Sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor comprou a briga contra a gangue da arbitragem brasileira, mesmo sabendo que mexeria em um vespeiro. O mandatário abriu, enfim, o debate e propôs medidas que deixariam o país do futebol em outra escala de seriedade.
1) Regulamentação da profissão de árbitro profissional
2) Independência institucional entre a entidade que regula a arbitragem e a organizadora da competição
3) Acompanhamento técnico e científico dos lances, com a contratação de empresas de auditoria especializadas na análise de dados esportivos
4) Rebaixamento, promoção e escalação de árbitros de acordo com ranking de erros e acertos
Ironizado com frequência pela mídia convencional, Textor, no entanto, é quase uma voz solitária. Volta e meia, representantes de um clube prejudicado na rodada até realizam um aceno. Mas param por aí. Somente, portanto, quando lhes convêm.
A CBF, na figura do presidente Ednaldo Rodrigues, é a principal responsável pelo derretimento de uma potência futebolística, como a Seleção, e pela ruína moral do futebol local. Sua sorte é conseguir manter, bem próximos, apaniguados que resolvem os problemas com apenas uma visita à Barra da Tijuca.
*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10
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