A Itália, que realiza ótima Euro, sepulta cada vez mais, a cada partida, a seleção que ficou fora do Mundial 2018, e a Bélgica, que não fez nada além da obrigação de chegar até as quartas, confirmou a fragilidade da melhor geração do país desde a década de 1980 em jogos gigantes. Assim, a vitória da Azzurra, hoje toda de branco, por 2 a 1, acabou sendo lógica, nas circunstâncias da atual competição continental, que já havia visto o adeus de França, Portugal e Alemanha. Se o time de Roberto Mancini entra para ganhar, contrariando épocas passadas, o do xará Roberto Martinez positivamente não é decisivo, foi o que mostrou o duelo de São Petersburgo.

As duas seleções fizeram um primeiro tempo de alta velocidade, lá e cá, e a Itália, que teve ligeiro predomínio, saiu em vantagem, placar justo, até ali. A Bélgica voltou a mostrar alguma preocupação em disputar um jogo de grande porte, eliminatório, e não rendeu o que pode. E deve. Bonucci fez 1 a 0 logo aos 13 minutos, mas estava em posição irregular, e o gol foi bem anulado. Mas o time de Roberto Mancini não sossegou, embora o adversário vez por outra chegasse próxima da área da Azzurra, criando problemas. Aos 30, após uma escaramuça – essa é da antiga e é ótima – na área belga, Barella acertou o canto direito de Courtois e abriu o placar.

A equipe de Roberto Martinez esboçou reação. Mas a Itália é que voltou a marcar, aos 43, com um chute longo e perfeito de Insigne. E para provar que a Bélgica, apesar de tudo, não estava entregue, Lukaku foi derrubado por Di Lorenzo, e o próprio centroavante da Inter cobrou: 2 a 1. O gol criou ótima expectativa para a etapa derradeira, pois há sempre a possibilidade de o time vermelho praticar o futebol que dela se espera.

A Azzurra retornou em ponto de bala, mas o adversário conseguiu equilibrar, embora faltasse, desde que a partida começou, De Bruyne fazer efetivamente a diferença, mesmo que não esteja em condições físicas ideais. Aos 15, Doku rolou para Lukaku empatar, mas Spinazzola evitou o empate. E, no entanto, é fato que a Itália continuou jogando melhor, levando a Bélgica a assumir uma postura defensiva, apostando em contra-ataques, algo questionável, levando-se em conta que os times são equivalentes no aspecto técnico.

Aos 24, Martinez fez duas trocas, sacando Meunier e Tielemans, que positivamente não correspondiam, colocando Chadli e Mertens. Os Diabos ganhariam mais fôlego, o que mantinha o placar aberto. Logo, porém, Mancini percebeu o óbvio, e também lançou duas caras novas, Belotti e Cristante, substituindo Verratti e Immobile. Chadli, um sujeito de pouca sorte, sentiu e teve que sair. Spinazzola, talvez o melhor atleta italiano da Euro, também. Restava à Itália segurar o resultado, e à Bélgica um esforço hercúleo para arrastar o duelo até uma improvável prorrogação, o que não foi suficiente.

Assim, o resultado, por tudo que ocorreu até agora ao longo da competição acabou sendo justo. Sábado a coisa continua. Fique agora com as fortes emoções da fantástica Copa América.

Comentários