O CEO do Botafogo, Jorge Braga, está de saída do clube. O dirigente optou por deixar o Glorioso por insatisfação. Afinal, ele alega, como razões para tomar a decisão, a falta de autonomia na função e de pagamento de salários.

Jorge Braga, CEO do Botafogo, e Luís Castro, treinador da equipe, conversam no Nilton Santos – Vitor Silva/Botafogo.

Neste sentido, Jorge Braga decidiu entrar com ação na Justiça do Rio contra a SAF do Botafogo e John Textor.

Ademais, na última terça-feira, foi publicada uma sentença judicial na qual possibilita o ex-dirigente a não cumprir o seu contrato com o clube. A Justiça interpretou que o dirigente teve seus poderes limitados e sem a possibilidade de exercer seu trabalho.

Contudo, a Sociedade Anônima de Futebol do Botafogo só ficou ciente da permissão judicial na quinta-feira (08).

Em seguida, Jorge Braga e Textor vão ter que resolver de forma judicial o conflito a respeito da falta de pagamento dos vencimentos que o empresário alega.

O Botafogo deve anunciar a saída do CEO a qualquer momento. Enquanto isso, Jorge Braga postou em suas redes sociais uma carta de despedida.

“Saio muito realizado e motivado pelo trabalho feito, desejando sucesso para o investidor John Textor, e também Thairo e Danilo. Para os desafios que estão por vir, carregarei comigo meus princípios e muito do que aprendi vivendo o Botafogo: nada e nem ninguém nunca será maior que o clube. Todo mundo quer ganhar, mas não a qualquer preço. Trabalho, coerência, ética, pragmatismo, honestidade, transparência e profissionalismo precisam ser pilares. Sempre”, escreveu o executivo.

Situação nos bastidores do Botafogo

O dirigente estava no Glorioso desde março do ano passado e auxiliou no processo de reestruturação financeira do clube. Entretanto, desde que Textor passou a comandar o Botafogo, o executivo passou a ter desgastes nos bastidores.

Braga não sabia exatamente qual era sua função no Botafogo, e quando o dono da SAF retornou ao Brasil, eles não chegaram a um consenso. Inclusive, em junho, o Alvinegro retirou a autonomia do empresário como representante do clube na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

A partir disso, Thairo Arruda, diretor-geral da SAF, foi o escolhido para substituí-lo. Naquele período, a justificativa interna era que o dirigente realizava um trabalho mais próximo a John Textor e, por isso, sabia melhor quais eram os interesses do dono da SAF.

Desse modo, Thairo estaria mais apto a representar o clube em reuniões da federação. Naquele momento, Braga se demonstrou surpreso e insatisfeito com a mudança.

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