Botafogo

Lacunas no elenco do Botafogo reforçam incertezas para 2024

O botafoguense é uma figura desconfiada por natureza. Para potencializar o temor, como se não bastasse o título brasileiro que escorregou entre os dedos, o torcedor começa o ano diante de algumas incertezas incômodas, mesmo com cinco reforços anunciados. O clube ainda não conseguiu atacar algumas lacunas importantes no elenco em uma temporada que demanda um investimento maior, afinal, as fases preliminares da Libertadores estão batendo à porta e aparecem no horizonte do Botafogo logo em fevereiro. Nas redes sociais, a galera entende que houve, sobretudo, uma queda de qualidade.

Procura-se, urgentemente, um lateral-direito para o Botafogo

A lateral direita permanece como a situação mais grave. O drama é tão grande que o técnico Tiago Nunes não dispõe de opção até para improvisar. Execrado pela massa, Di Placido já retornou ao Lanús (ARG). Fora de ação desde julho, Rafael tem idade avançada, histórico de lesões e ainda integra o departamento médico. Ponte, contratado em 2023, está liberado para defender o Uruguai no Pré-Olímpico da Venezuela. JP Galvão, que atuou pelo setor no ano passado, está fora dos planos e não viajou para Itu (SP), local da pré-temporada.

Rafael se aproxima de aposentadoria. Tem lenha para queimar? – Foto: Vitor Silva/Botafogo

O clube alvinegro, de fato, se movimentou na busca por alguma peça para a lateral direita. No entanto, só recebeu negativas, algo que poderá obrigá-lo a ir atrás de opções mais alternativas em seu planejamento para fechar a questão. O tradicionalíssimo plano B.

Zaga do Botafogo é cobertor curto e precisa de entrosamento

Ainda na defesa, outro grande tema que tira o sono do botafoguense é a falta de um reserva para a dupla recém-contratada Halter e Barboza. Destaque em 2023, Adryelson é do Lyon (FRA). Sousa e Sampaio foram realocados no RWD Molenbeek (BEL). Curiosamente, dois clubes da Eagle Holding, conglomerado do sócio majoritário do Botafogo, John Textor. Cuesta, por fim, tornou-se moeda de troca e não se reapresentou. Bastos ainda não inspira confiança. E, hoje, a quarta opção de Tiago Nunes é o desconhecido Jefferson, do sub-20.

A retaguarda é, por sinal, onde o Botafogo promoveu uma reformulação geral. Além das novas caras na zaga, no gol, Perri, agora do Lyon, deu lugar a John. O lateral-esquerdo Marçal é o único remanescente. Porém, seu desempenho recente deixa qualquer um ressabiado.

Eduardo e Tiquinho sem sombras

No meio de campo, o principal debate gira em torno de uma sombra para o meia Eduardo, sobrecarregado na função de armador durante a última temporada. Suplente natural, Lucas Fernandes não renovou contrato e meteu o pé. O reserva imediato virou Montes, jogador norte-americano que não soma cinco partidas em dois anos de Botafogo. Difícil…

Eduardo foi imprescindível no primeiro turno do Brasileirão-2023 – Foto: Vitor Silva/Botafogo

O mesmo ocorre com Tiquinho. Sem Diego Costa de sobreaviso, não há nenhum centroavante de peso para o lugar do camisa 9. Se acontecer algum imprevisto com o artilheiro (bate na madeira três vezes), Nunes será obrigado a recorrer ao tanque Janderson ou a Matheus Nascimento, eterna promessa que não vingou. Adamo, uruguaio que desembarcou no Rio de Janeiro, em 2023, ainda não estreou. Ninguém cascudo, portanto, para encarar uma sempre traiçoeira Libertadores. Uma urgência para ontem.

Para atenuar o sofrimento…

Nem tudo está perdido. Os cabeças de área são os mesmos: Freitas e Barbosa. Tchê Tchê segue como o segundo volante, agora, sem a companhia de Pires, que retorna ao Benfica (POR), mas com o auxílio do badalado De Paula. Nas pontas, o treinador tem opções de sobra para escalar e mexer no time: e Júnior Santos terminaram o Brasileirão em alta. Savarino e Jeffinho melhoram a condição do setor que perdeu Luis Henrique e Carlos Alberto. Já Segovinha e Hernández ficam de prontidão.

Postura agressiva… Está mesmo valendo?

Textor decretou: o Botafogo será agressivo no mercado. De certa forma, as ações da SAF correspondem à promessa, principalmente, na América do Sul. O clube ofereceu R$ 40 milhões pelo meia Rollheiser, do Estudiantes (ARG), e R$ 34 milhões por Medina, do Boca Juniors (ARG). Um dos dois seria a contratação mais cara da história do Mais Tradicional. Porém, se, por um lado, o proprietário do Glorioso não disse inverdades, por outro, o torcedor cobra resultados imediatos. O Alvinegro precisa, acima de tudo, minimizar a derrapada do ano passado para reatar os laços perdidos com os botafoguenses.

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Leo Pereira

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