O técnico Lucio Flavio, em entrevista ao “Charla Podcast”, detalhou os bastidores da queda do Botafogo no Brasileirão. Após revelar detalhes da passagem do português Bruno Lage, o ex-jogador falou sobre a sua curta passagem como técnico efetivo do clube. Segundo ele, foi alvo de injustiça e desprestígio da diretoria do Glorioso, que o demitiu em meados de novembro.
“Eu era um funcionário do clube, fui colocado ali, sou grato pela oportunidade. Mas a questão é que eu era um auxiliar, fui colocado como treinador naquele momento. Diante de todo o cenário, o único no processo todo que foi demitido fui eu. Me senti, sim, injustiçado nesse sentido. Porque na questão, por exemplo, de tudo que aconteceu, em nenhum momento me falaram que eu era o técnico, que podia trazer a minha comissão técnica. Era um auxiliar colocado ali. Como comecei com vitórias sobre Fluminense e América-MG, fui seguindo”, iniciou.
“Com todo respeito, de todos os jogos que participei, talvez o do Bragantino, os outros nenhum foi superior ao Botafogo. Palmeiras, Cuiabá atropelamos, Athletico estávamos bem, o Vasco não foi superior apesar da nossa derrota, contra o Grêmio até o segundo gol e o do Bragantino, que fizemos virada no primeiro tempo, entra questão mental, temos que segurar o placar. Dessa forma, tivemos duas chances boas de fazer o terceiro e não fizemos”, completou.
Promessa da diretoria de permanência no clube
Mas, antes do anúncio de sua demissão, Lucio Flavio afirmou que recebeu a informação do clube que, mesmo com a chegada de Tiago Nunes, ele ficaria na comissão técnica como auxiliar. No entanto, isso não aconteceu.
“Tudo isso fez o clube tomar a decisão, me comunicaram em Bragança. Na véspera, me disseram que eu permaneceria como auxiliar. Por isso que falo que me senti injustiçado nesse contexto, mas o clube tem todo o direito. O tempo mostrou que não era eu o culpado, essa era uma verdade. Tanto que o time não ganhou mais nenhum jogo. O processo do futebol está muito ligado à pressão, foi o que aconteceu no meu caso”, lamentou.
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