Em reunião do Conselho Deliberativo do Santos, na última segunda-feira (5), o presidente Marcelo Teixeira firmou o posicionamento do clube nas negociações coma WTorre. A empresa será responsável pela renovação da Vila Belmiro, num processo que demandará tempo e dinheiro, mas entregará uma arena moderna ao Peixe. Ainda assim, o presidente garantiu que o clube não abrirá mão de sua autonomia para obter a melhoria.

Marcelo Teixeira garantiu que o Santos está trabalhando para que a WTorre respeite as condições do clube. O presidente afirmou que deu um ultimato à empresa e citou a pendenga envolvendo a empreiteira e o Palmeiras. De acordo com ele, delimitar os direitos e deveres de cada um evitará um desgaste como o do rival, no futuro.

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Marcelo Teixeira firmou compromisso junto a sócios do clube – Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

“Se me perguntarem se é uma boa parceria, eu direi que o Santos precisa de um estádio, mas não vai se prostituir para tê-lo. O Santos terá seu estádio, fiz esse compromisso com o quadro associativo, mas do negociado hoje. Em dezembro, demos um ultimato elegante, mas bem direto, à WTorre. Para que, daqui a cinco, sete ou dez anos, não venhamos a público, como o coirmão da capital (Palmeiras), para discutir e prejudicar uma parceria existente”, disse Marcelo, dando exemplos sobre as negociações iniciais:

“O parceiro (WTorre) não compreende o que representa uma cadeira cativa. Existem 1.300 delas, mas de que forma serão colocadas e respeitadas? Ele coloca a cadeira num local onde, supostamente, é cômodo porque vai buscar financeiramente algo melhor. Só que o proprietário da cadeira é dono do Santos. O Santos começou na sua fundação e tem que respeitar aqueles que fizeram parte dessa história. Agora, o Santos tem obrigação de questionar e colocar isso no papel”.

Naming rights? Nos moldes do Santos

Marcelo Teixeira ainda falou sobre a possibilidade da venda de naming rights da nova Vila Belmiro. Ele não descartou que a negociação pode vir bem a calhar, mas terá de acontecer sob as condições do clube.

“Os naming rights podem servir para viabilizar a construção da arena, é lógico. Mas são propriedade do Santos. Deve-se respeitar isso, não ficar fixo e preso durante 30 anos. Temos uma equipe preparada para dirimir essas dúvidas. A WTorre entendeu que, como não estava discutido, era um direito que tinham conquistado. Mas, deixamos claro que não. Se não foi discutido, agora está detalhado”, afirmou.

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