Melhor assim? Vasco encara sequência longe de casa após jejum no Rio

Jogar fora de casa geralmente é sinônimo de dificuldades para qualquer time. No caso do Vasco, porém, pode ser a saída para se recuperar no Brasileirão. Afinal, o time não conseguiu vencer as últimas sete partidas que fez no Rio (três delas em São Januário e quatro no Maracanã) e costuma ter melhor desempenho quando não tem a responsabilidade de se impor sobre o adversário. Neste sábado, às 18h30, o Cruz-Maltino encara o São Paulo, no Morumbi, com a esperança de tentar se afastar da zona de rebaixamento.

O técnico Maurício Barbieri chegou a mencionar que sua equipe vivia um “ambiente hostil” em seu estádio, de tão pesado que foi o clima durante e após a derrota para o Santos, no último domingo. Inclusive, ele fez um pedido de desculpas por uma das frases que escolheu na entrevista coletiva, ao ressaltar que o Peixe nunca foi rebaixado e está mais acostumado com a Série A. Vale ressaltar que a última vez em que o Cruz-Maltino saiu vitorioso de um jogo no Rio foi contra o Bangu, no Carioca, há 71 dias.

O zagueiro e capitão Léo, por outro lado, preferiu enaltecer a importância de São Januário e não quer que a relação seja vista de forma negativa. Afinal, o Vasco já teve bons momentos neste ano, como nas goleadas sobre Resende e Boavista, também pelo Campeonato Carioca.

“São Januário, para mim, é muito importante, assim como para cada torcedor. Por exemplo, fiquei um bom tempo sem fazer gol e foi lá que fiz meu primeiro gol (pelo Vasco). Foi um momento muto feliz na minha chegada aqui no Vasco. Então, particularmente, gosto de São Januário, é ambiente com a história que os torcedores ajudaram a construir. Há uma identificação muito forte com todos, e os jogadores também sabem a importância. Não podemos pintar, só porque dois resultados não aconteceram, que São Januário vai virar contra a gente”, defendeu Léo, em lembrança específica às duas derrotas consecutivas, contra Bahia e Santos.

Rival indigesto fora de casa para o Vasco 

De todo modo, o retorno para a Colina só acontece daqui em 32 dias. Após o Tricolor Paulista, o Vasco mede forças com o Fortaleza, no Castelão, em seguida contra o Flamengo, no Maracanã, e fecha a sequência diante do Internacional, em Porto Alegre.

Se a campanha não é boa com a maioria da torcida, a situação melhora um pouco longe. Na estreia do Brasileirão, o Vasco derrotou o Atlético, no Mineirão, demonstrando que tinha nível para fazer uma boa competição. Quatro rodadas depois, foi dominante contra o Coritiba, no Couto Pereira, e por pouco não virou o jogo, que terminou 1 a 1. Ou seja, ainda não perdeu pela competição nacional.

Mas pegar o São Paulo nesta fase pode não ser um bom negócio. Afinal, o retrospecto recente é bastante negativo no Morumbi. Desde que conquistou sua última vitória lá, em 2012, a equipe cruz-maltina perdeu seis dos últimos oito jogos. Inclusive, duas vezes por goleada: 5 a 1 em 2013, pelo Brasileirão, e 4 a 0 em 2015, pela Copa do Brasil. O último encontro, em 2020, foi 1 a 1. Depois, o Vasco passou dois anos na Série B.

Ainda assim, o Morumbi sempre trará boas memórias para o clube. Afinal, foi lá que o Cruz-Maltino conquistou seu segundo título brasileiro, em 1989. O gol de Sorato, de cabeça, sacramentou a vitória por 1 a 0 e fez o torcedor soltar o grito de campeão.

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