Menina do sub-13 masculino que foi caçada em campo é homenageada pelo Botafogo

Neste domingo (26), o Botafogo homenageou Giovanna Waksman, promessa do futebol feminino de apenas 12 anos que tem sido vítima de violência física e verbal. Assim, a meio-campista entrou em campo com o time antes do Clássico Vovô, recebeu a faixa de capitão de Joel Carli e ouviu o hino nacional enfileirada com os jogadores. Pelas redes sociais, ela não escondeu a felicidade com a homenagem feita pelo Alvinegro.

“Não tenho palavras para descrever o sentimento vivido hoje. Obrigada torcedores e botafogo pela linda homenagem”, escreveu.

ENTENDA O CASO

Nos últimos dias, vídeos divulgados nas redes sociais mostraram que Giovanna tem sido vítima de violências físicas e verbais durante jogos do Campeonato Municipal sub-13. A competição é mista, mas ela é a única menina inscrita no torneio. Em entrevista recente ao “ge”, a meio-campista relatou que já ouviu gritos de que ela deveria se matar.

“Gritam mandando me matar, dizendo para não deixar eu jogar, que futebol é para homem. E coisas muito piores também. A maioria (dos gritos) vem de mulheres, as mães dos meninos. Um absurdo. O fato de eu ser menina pesa porque os pais (dos atletas adversários) não aceitam quando vou melhor do que eles. Mas os meninos não têm isso (de xingar). Eles obedecem o que os pais mandam eles fazerem. Eu jogo, vou para cima deles e eles me batem”, revelou.

No fim de semana passado, durante um jogo contra o São Cristóvão, ela sofreu uma falta que causou uma fissura da clavícula. Ela, portanto, ficará fora de combate por pelo menos duas semanas. Nas redes sociais, o Botafogo já havia condenado os episódios de violência.

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