O Ministério Público denunciou o policial penal Marcelo de Lima por homicídio e tentativa de homicídio, pelos crimes cometidos no dia 1/4, após o jogo entre Flamengo e Fluminense no Maracanã. Na ocasião, os times tinham se enfrentado pela partida de ida da final do Campeonato Carioca (com vitória do Rubro-Negro por 2 a 0) e torcedores do Tricolor estavam no bar Os Renatos. Afinal, o boteco é um dos redutos dos torcedores do Fluminense depois dos jogos no estádio.

Segundo testemunhas, Marcelo discutiu com dois torcedores por causa dos últimos pedaços de pizza do bar. E logo depois saiu. Mas o agente penal voltou, então, já com uma arma nas mãos. Ele atirou em Thiago da Motta, que morreu no local, e Bruno Tonini, que ficou gravemente ferido. Policiais prenderam Marcelo antes que ele pudesse fugir. Ele responde pelo assassinato de Thiago e pela tentativa de homicídio de Bruno.

Marcelo de Lima é agente penitenciário e está preso, acusado de matar um torcedor do Fluminense e ferir outro – Reprodução Facebook Arquivo Pessoal

Divergência política

As investigações mostraram que o verdadeiro motivo do crime não foi a disputa pela pizza, mas, sim, divergências políticas. Marcelo teria dito, inclusive, que petistas são burros. Ele vai responder pelos crimes com a agravante de que houve motivo torpe, com crueldade e sem chance de defesa das vítimas.

Bruno Tonini continua no hospital, mas já respira sem ajuda de aparelhos. Thiago tinha 40 anos e era cinegrafista, com diversos trabalhos em streaming.

Thiago Motta foi assassinado a tiros após o jogo entre Fluminense e Flamengo em 1º de abril , perto do Maracanã – Reprodução Facebook Arquivo Pessoal

Pena vai de 12 a 30 anos de prisão

Se houver condenação, Marcelo de Lima pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Ele está preso preventivamente na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu inquérito administrativo para apurar o caso. Marcelo atuava no Grupamento de Intervenção Tática da Seap, unidade especial treinada para agir em rebeliões em presídios e fazer a escolta de presos perigosos. Ele tem 22 anos  de serviço na Seap, sendo 18 no grupo de elite da secretaria. A Delegacia de Homicídios tentou ouvi-lo, mas ele ficou calado.

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