O que dizer do Campeonato Brasileiro que vem fazendo o Botafogo? Um time sem padrão tático, técnico, sem titulares, sem reservas, sem direção, sem rumo. Só no Brasileiro foram quatro treinadores. Um deles, o argentino Ramón Díaz, nem sequer estreou. É inacreditável, mas verdadeiro.

Nas 28 rodadas do Brasileiro até aqui, o Botafogo foi dirigido por seis ‘técnicos’: Paulo Autuori, Bruno Lazaroni, Flávio Tenius, Emiliano Díaz, Felipe Lucena e Eduardo Barroca. O time foi comandado em oito jogos – quase metade de um turno – por um profissional que não era treinador. Tem como dar certo? A tabela responde.

No returno do Brasileiro, o Botafogo tem três pontos: perdeu oito jogos e venceu um, do lanterna Coritiba. E agora, para se manter na Série A, precisa ganhar pelo menos sete de dez. Alguma chance? Não para um time que, em toda a temporada, repito, em toda a temporada, ganhou somente 12 jogos. E isso inclui os poderosos adversários do Carioca.

Numa escala sobre os culpados pela vergonhosa campanha, no topo, claro, está a diretoria que se foi. Os cartolas fizeram e falaram bobagens o ano passado inteiro. Os jogadores também têm muita responsabilidade, porque, em vários momentos, passaram um certo desinteresse, uma apatia e um conformismo injustificáveis, como se vestir a camisa de um clube desse tamanho fosse um favor ou até uma espécie de fardo.

O rebaixamento, infelizmente, parece uma questão de tempo. Claro que milagres existem, mas só para quem acredita muito e merece. E os ex-dirigentes e os atuais jogadores não sabem rezar a cartilha do futebol. Trabalham mal e esperam que as vitórias caiam do céu! Não há santo e torcedor que resistam!

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