A arbitragem brasileira se perde em meio à falta de padrão, à omissão e à covardia. O pênalti, claro, de Lucas Fasson em Rodrigo Caio no fim do duelo entre Athletico-PR e Flamengo na Copa do Brasil é um exemplo disso. Em um lance de bola parada, o prestigiado Luiz Flávio de Oliveira não viu, o que é inadmissível, ou terceirizou para o VAR a decisão, o que é ainda mais absurdo.

Temos um quadro de árbitros que trabalha como quer. Uns deixam o jogo correr à la europeia, mas só fora da área. Outros marcam faltinhas o tempo todo, menos dentro da área. Não há critério ou comando. Fala-se que o quadro precisa ser profissionalizado. Balela. Os árbitros são profissionais, sim. Apitam de segunda a segunda, como se fosse possível a um bancário ou balconista de farmácia se ausentar com tamanha constância do emprego. É justo se discutir o que recebem, mas jamais que não vivem do apito, sobretudo nas principais divisões.

O resultado do despreparo é um jogo no campo e, outro, na tela da televisão. E o pior: no estádio, o torcedor não faz ideia das revisões do VAR, não é informado do que está acontecendo, num desrespeito absurdo a quem paga – e caro – para assistir ao espetáculo.

A primeira providência a ser tomada, na minha opinião, é se dar um padrão à arbitragem. Ou escolhemos o modelo das faltinhas ou o do deixar o jogo correr. Os dois na mesma competição não dá. Também seria fundamental dar um basta na simulação, no falso fair play, usado de forma cínica para parar contra-ataques e amarrar o jogo. Há muito a ser feito.

É preciso comando, competência, cobrança e pulso com os atletas. Não podemos ser complacentes com as seguidas falhas da arbitragem e nem admitir atores em campo a fingir entradas violentas ou cotoveladas no rosto, levantando-se segundos depois do teatro e voltando inteiros ao jogo. Chega de canastrões, o torcedor merece respeito!

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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