Em evento na manhã desta quarta-feira (17), na Federação Paulista de Futebol, o Procurador-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, voltou a ressaltar que árbitros não estão no esquema de manipulações de apostas no futebol brasileiro.
De acordo com Ronaldo, nos últimos dias foi necessário ter contato diário com o Ministério Público de Goiás, que está à frente das negociações da Operação Penalidade Máxima. Contudo, o Procurador-Geral garantiu que o público vai ver mais escândalos em breve.
“As pessoas mencionam no depoimento o nome desses atletas, mas ainda estão sendo sofrendo investigações. Há mais jogos que terão investigação e, um ponto importante que saiu na mídia, não há envolvimento de árbitro de futebol. Até hoje, não há”, destacou.
“Eu falo praticamente todo dia com o Ministério Público de Goiás. A informação que eu tenho é que realmente não há envolvimento de clubes, mas tem mais coisas para vir. Eu indaguei o porquê de alguns atletas expostos e que não receberam denúncias, a informação que recebi é que não há provas por enquanto”, acrescentou.
Rafael Bozzano, Procurador do STJD, reforçou a informação e garantiu que os árbitros ainda não receberam citação. Ele ainda argumentou que após o episódio da “Máfia do Apito”, em 2005, aconteceu investimento na arbitragem brasileiro e isso se refletiu agora.
“Até o presente momento não houve sequer nenhuma menção relacionada a arbitragem, posso falar com tranquilidade. Os árbitros diariamente recebem cobranças e informados pelas comissões de arbitragem sobre se manter íntegros a qualquer contato ou conversa”, comentou.
Operação Penalidade Máxima
A operação batizada de ”Penalidade Máxima”, iniciada pelo Ministério Público de Goiás, avançou para outros estados e agora começou a investigar cinco partidas da Série A do ano passado.
As investigações apontam manipulações em, pelo menos, 13 jogos, sendo oito do Brasileirão Série A 2022, um na Série B 2022 e quatro estaduais de 2023.
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