Ronaldo Nazário, nesta quinta-feira (17), divulgou uma carta na qual contesta a Mesa Diretora do Conselho Deliberativo do Cruzeiro e explica detalhes da compra de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube.

O empresário sustenta que a proposta inicial contempla um aporte inicial de R$ 50 milhões, além de um investimento de R$ 350 milhões, dinheiro que pode chegar à Raposa pelo incremento de receitas ou pelo próprio aporte direto.

Ronaldo Fenômeno está à frente do projeto da SAF Cruzeiro – Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Os conselheiros argumentaram que o ex-jogador não assumiria qualquer parte da dívida com a proposta e entendem que a negociação, capitaneada pela XP (Investimentos) e com a anuência do presidente Sérgio Santos Rodrigues, é extremamente lesiva ao Cruzeiro, ao mesmo tempo que excessivamente benéfica a Ronaldo.

O Fenômeno rebateu e evocou as últimas gestões para reforçar o argumento.

“A opção de incremento de receita favorece diretamente a associação, uma vez que a lei das SAF obriga o repasse de 20% das receitas para quitação da dívida bilionária acumulada por anos de má gestão – fato esse que pode gerar mais R$ 70 milhões em receitas para a quitação da dívida e que parece ser ignorado pelos responsáveis pela Nota (assinada pela Mesa Diretora).

O ex-atacante completa sua resposta afirmando que a proposta de transferência das Tocas da Raposa I e II para a SAF visa proteger o patrimônio do próprio Cruzeiro.

“O pedido de inclusão das Tocas I e II na transação é simplesmente para proteção de patrimônio do Cruzeiro diante de uma realidade que se revelou significativamente mais grave do que aquela indicada nas informações inicialmente disponibilizadas e que foram utilizadas para a elaboração da proposta apresentada ao Cruzeiro. Hoje a Toca I, a sede do Barro Preto e parte de todas as receitas do futebol estão comprometidas em razão de dívidas tributárias de aproximadamente R$ 400 milhões, as quais não estavam previstas na negociação inicial. No curto prazo os imóveis podem ser leiloados e as receitas apropriadas por falta de pagamento”, esclareceu.

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