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Santos defende tirar time de campo em novos casos de racismo

Ainda repercutem os atos de racismo da torcida do Audax Italiano contra dois jogadores do Santos. Nesta terça-feira (24), Joaquim e Ângelo foram chamados de ‘macacos’ pelos torcedores da equipe chilena, em jogo válido pela Copa Sul-Americana. Embora a Conmebol já esteja com as investigações em curso, a diretoria santista já considera uma atitude enérgica caso isto se repita: tirar o time de campo.

O presidente do Santos, Andrés Rueda, afirmou nesta quarta que não irá tolerar novos casos de racismo e que pretende falar com dirigentes de outros clubes para que isto aconteça. Em entrevista à ‘Folha de São Paulo’, o mandatário do Peixe disse que só uma medida enérgica pode responder à altura tantos casos de injúrias raciais.

“Já notificamos à Conmebol e, agora, aguardamos. Alguma solução precisará ser tomada, pois queremos uma resposta em caráter de urgência. A minha posição particular, que espero levar a frente, é fazer uma força-tarefa com outros clubes. É uma alternativa que dói, mas, em qualquer manifestação, não importa onde, ‘tchau’. O time precisa sair de campo. Mas uma andorinha só não faz verão”, disse, prosseguindo:

“Não estou gostando do caminho que as coisas estão indo. Vão punir o clube com multa ou perda de pontos? Isso não é solução, não vai resolver. Alguém que está no comando do futebol, federações, Conmebol, CBF ou Fifa, precisa achar uma solução de verdade. Se não vier, a atitude terá que vir de baixo para cima. Mas, tudo a seu tempo: por enquanto, aguardamos a movimentação dos órgãos competentes”.

‘É um desrespeito com todos: Ângelo, Joaquim e até Pelé’

Rueda foi mais além e defendeu, de fato, que encerrar o jogo antes da hora pode ser a única forma eficaz de responder a eventuais ataques racistas. O presidente se solidarizou com os jogadores Ângelo e Joaquim, mas aproveitou para citar Pelé, o maior ídolo santista, para defender seu pontos de vista:

“É preciso fazer mais em casos assim, acabar o espetáculo, sair os dois times. Se o pseudo-torcedor não tiver civilidade, tem que ser assim. Isso estourou com o caso do Vinicius Júnior, mas é um problema no mundo todo. O Santos, agora, sentiu. Eu, particularmente, considero um desrespeito com todos: com o Ângelo, com Joaquim e com o maior do futebol, que é o Pelé. O futebol precisa contribuir com a parcela que esperam dele, não só dizer que é contra o racismo, mas mostrar ser de fato”.

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Gabriel Andrezo

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