E nem deu para bater aquela saudade do futebol, a chamada abstinência de não ter bola rolando ao fim da temporada. Não deu mesmo! O que está acontecendo com muitos torcedores é uma sensação de empanzinamento, de barriga cheia.

Afinal, depois de 38 rodadas do Campeonato Brasileiro, entremeadas por jogos da Copa do Brasil, da Libertadores, da Sul-Americana e até de Estaduais, a temporada de 2020 ainda não acabou. O Brasileirão se foi, com o Flamengo campeão numa derradeira rodada cheia de emoção e suspense até o último minuto, e o time rubro-negro já está às voltas novamente com o Campeonato Carioca. No fim de semana, já rolou a bola pelo Paulista, Mineiro e por aí vai… ah, e também teve o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil de 2020! Não é futebol pra encher a pança?

Na semana que vem já teremos brasileiros em ação pela pré-Libertadores e o 2021 do futebol dá o seu olá do mesmo jeitinho que o 2020 disse adeus… com muito futebol. Os técnicos estrangeiros que vêm para cá, sobretudo os europeus, não conseguem entender como os jogadores aguentam – e não aguentam mesmo! Ninguém vai se surpreender com as lesões em série no meio da temporada porque os atletas não são máquinas.

No caso da Federação do Rio, ainda haverá a exigência de time titular a partir da quarta rodada. Ou seja: não dá nem para oferecer um descanso aos jogadores e integrantes dos departamentos de futebol dos clubes que se arrebentaram de correr, de viajar de baixo para cima e ainda tiveram que encarar a constante ameaça da Covid. Pior: em muitos e muitos casos, o sufoco de ter testado positivo para uma doença que já matou mais de 250 mil brasileiros. E que, infelizmente, um ano depois do primeiro óbito, ainda está aí, sem dar bola para a vida de ninguém…

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