- Pedro Souza / Atlético
A sentença de prisão ao técnico Cuca, pelo estupro de uma menina de 13 anos, na Suíça, em 1987, foi confirmada. Nesta sexta-feira (28), o portal ‘ge’ informou, primeiramente, que o processo condenou o treinador, que na época era jogador do Grêmio, assim como três de seus companheiros, a 15 meses de prisão. Os quatro envolvidos no crime ficaram presos por um mês, na Suíça, pagaram fiança e posteriormente voltaram ao Brasil.
Cuca recebeu a condenação ao lado dos companheiros Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi, por ato sexual com uma menor. No caso de Fernando, a sentença se aplicou por coação, já que acabou absolvido da acusação de estupro. A diretoria do Arquivo de Berna, onde está o processo, confirmou as informações e que, aliás, o sêmen de Cuca estava no corpo da vítima. Ademais, a jovem reconheceu o técnico e ex-jogador como um de seus agressores sexuais.
Dessa forma, a informação vai contra o que o próprio Cuca disse, quando se apresentou ao Corinthians, na última semana. Na ocasião, ele afirmou que a jovem suíça não o reconheceu como um dos agressores e que, portanto, sua condenação não deveria ter acontecido. O processo tem, ao todo, 1.023 páginas e sua íntegra está em sigilo de 110 anos.
Cuca e os outros três envolvidos no crime foram julgados à revelia (sem estarem presentes) na Suíça, dois anos após o acontecido, já em 1989. Condenados, eles receberam uma pena condicional e não iriam para a cadeia, por serem réus primários. O então jogador do Grêmio seguiu sua carreira no Brasil. Posteriormente, tornou-se treinador, mas a história voltou à tona nos últimos anos, sobretudo após sua passagem pelo Atlético Mineiro.
Após o anúncio de que seria o novo técnico do Corinthians, Cuca encontrou rejeição imediata de diversos setores da torcida. Nas redes sociais, corintianos exigiam a saída do treinador, pelo crime cometido há 36 anos. De fato, o clima interno para o comandante nunca foi positivo no Timão. Assim, após apenas seis dias, ele pediu demissão, com somente dois jogos disputados.
Embora criticado por torcida e imprensa, Cuca recebeu a solidariedade de seus companheiros do Corinthians. O presidente Duilio Alves considerou que a perseguição ao técnico era ‘um exagero’. Por sua vez, o atacante Róger Guedes chamou de ‘desumanos’ os ataques ao treinador.
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