A nova regra da CBF que limita a troca de técnicos é das mais polêmicas, mas tem como intenção atacar um dos problemas do futebol brasileiro. Claro que daria assunto para longas horas de conversa. A questão, na origem, está no despreparo dos dirigentes, que leva a outros entraves: a promíscua relação com as organizadas e a insegurança diante da pressão nas redes sociais.

Ao fazer opções equivocadas para o comando do time, é óbvio ser possível a correção. Isso acontece em qualquer empresa do Brasil e do mundo. No entanto, não se admite tantos erros num mesmo ano. E isso é o que se vê a todo momento no nosso futebol. Contrata-se mal, demite-se muito e contrata-se mal novamente. Tudo sob a enorme pressão das redes sociais e das organizadas.

Se uma empresa erra várias vezes na escolha de um de seus principais executivos, num curto espaço de tempo, vai patinar diante da concorrência e, muitas vezes, quebrar. No futebol, a dificuldade é a luta para não ser rebaixado e a falência, a queda de divisão.

O problema é que os presidentes dos clubes erram, erram e erram. E lá seguem. O elenco que foi pensado por um treinador tem que dar resultado na mão de outro, e de outro… de que jeito? A regra até deve funcionar como uma espécie de freio de arrumação. No entanto, as mudanças no nosso futebol teriam que vir de baixo para cima. Mas aí seria esperar demais, quase uma revolução, em que um clube pensasse no outro e que todos trabalhassem juntos e por todos. Você acredita? Nem eu.

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