Os treinadores de Palmeiras e Santos, finalistas do Campeonato Paulista, deram entrevista nesta sexta-feira (29) na sede da FPF. E Abel Ferreira, do Verdão, revelou qual é o segredo para o trabalho vitorioso que vem tendo desde que chegou ao clube, em 2020.

“É um trabalho de continuidade. Todos os anos nós trazemos cosias novas para nossos jogadores se sentirem desafiados, apesar de praticamente serem todos os mesmos. O segredo é a continuidade. Não fazer sempre a mesma coisa. Criar desafios para nossos jogadores e apesar da base ser quase a mesma, estamos a instalar dinâmicas diferentes. Isso ajuda os jogadores a crescer e estarem motivados”, disse Abel, antes de complementar:

“As exigências são as mesmas, o sarrafo é cada vez é maior. É pressão sempre em cima do nosso elenco e nós temos que saber lidar com essa pressão de forma controlada, com equilíbrio e focar naquilo que sabemos fazer: que é competir, jogar como equipe e procurar em cada jogo dar o nosso melhor para ganhar”, afirmou.

Final do Paulistão será entre Palmeiras, de Abel Ferreira, e Santos – Foto: Rodrigo Corsi/Ag.Paulistão

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Perguntado sobre a rivalidade entre Palmeiras e Santos, Abel chegou a revelar que ouvia falar mais do time de Pelé quando era mais jovem em, Portugal.

“Eu sei que essa rivalidade existe há muitos anos e eu cheguei há quatro anos. São dois clubes com muita história. O Santos tem uma história imensa. Para ser muito sincero e humilde, quando era pequeno eu ouvia mais do Santos do que do Palmeiras e vocês sabem por que: por causa de Pelé. Mas a verdade é que, para nós, não ligamos a essa rivalidade. Nós encaramos e respeitamos muito nossos adversários. Parabéns pela campanha que fizeram. O futebol foi justo. Os dois primeiros classificados vão disputar a final, o que muitas vezes não acontece”, disse.

Renúncia pelo Verdão

O português lembrou também da ‘renúncia’ que faz para poder se dedicar ao Palmeiras. Posteriormente, ele falou sobre outro propósito dele e dos jogadores, que é ser consistente na luta por títulos.

“Os jogadores sabem que eu faço muita renúncia para ficar aqui com eles. E não dá para ficar aqui sem ser para ganhar. O Palmeiras não aguenta e eu não ia aguentar, e eles sabem disso. Mais de tudo, precisamos saber nosso objetivo de vida quando levantamos da cama. E eu quando levanto como treinador minha obrigação é desafiar os jogadores, é valorizar os trabalho deles. Entender o porque passamos tanto tempo no CT. Nós temos um propósito e é este: chegar em finais e se possível ganhá-las. Para ganhar ou perder é preciso lá chegar. Difícil não é ganhar uma vez. Difícil é ganhar de forma consistente.”

As finais estão previstas para acontecer nos próximos domingos. A ida terá mando do Santos e será na Vila Belmiro, com bola rolando a partir das 18h (de Brasília). No outro domingo (7), o Palmeiras recebe o Peixe no Allianz Parque, também às 18h.

Outros pontos da entrevista

Prêmio de melhor treinador?

Eu quero ver meus jogadores felizes. não vim para ganhar títulos individuais. Vim para ganhar títulos coletivos. Vim para treinar, que é o que eu gosto, valorizar meus jogadores, valorizar a instituição que eu represento, que é o Palmeiras, e deixar todo o melhor que eu puder para o meu clube. De resto, não depende da minha vontade, depende de uma votação. Foi uma forma de brincar na hora que me fizeram a pergunta.

Santos ter a semana livre, e Palmeiras, não

Acho que todos nessa sala percebem que enquanto o Santos tá focado numa coisa só, que é a final, nós temos um jogo de Libertadores no meio. Por isso que eu tanto batalho para que seja justo o calendário. Nosso adversário só vai focar apenas nessas duas partidas, o Palmeiras tem que se focar em preparar a próxima partida, na casa do Santos, com um dia de recuperação a menos. Ao meio, dois dias depois, temos um jogo extremamente importante pela Libertadores, então é mudar o foco outra vez, e depois quando voltar é mudar o chip outra vez, então não é igual. É mais um desafio, mais uma oportunidade de nos superarmos e recuperarmos o mais rapidamente possível. Os números são claros: dois dias de recuperação é diferente de três. De três para quatro eu já considero igual, porque é uma recuperação completa. Mas nossa equipe é feita disso mesmo, de superação, de acreditar, enquanto tivermos gasolina para queimar. Nossa marca é insistir, não desistir, persistir. Vamos seguir em frente. Sem desculpas.

Endrick, que saiu machucado no último jogo

Amanhã (sábado)  já saberemos com mais certeza o que aconteceu, acho que não há nada de grave.

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