A demissão do técnico Tiago Nunes era uma notícia mais do que anunciada no Botafogo. O treinador fez um péssimo trabalho no clube. Assumiu em novembro de 2023, ainda com a equipe liderando o Campeonato Brasileiro por pontos perdidos, mesmo que em frangalhos, após inacreditáveis derrotas de virada para Palmeiras e Grêmio, depois de abrir ótima vantagem nos dois jogos.
Tiago Nunes tinha cinco partidas para mudar a história. E não venceu nenhuma, com o time levando gols nos acréscimos contra Bragantino, Santos e Coritiba. Na última rodada, diante do Internacional, em jogo que valia a vaga direta na Libertadores da América, por opção, entrou em campo com uma equipe completamente desfigurada. Do primeiro lugar, entregou a quinta colocação e, pior, com o discurso do ‘não tenho nada com isso’.
Veio a temporada de 2024 e o treinador permaneceu se defendendo com o fracasso psicológico dos jogadores do ano anterior. Todos os insucessos, diante de Portuguesa, Boavista, Nova Iguaçu, Flamengo e Vasco, eram culpa do trauma, da política do ‘nada tenho com isso’.
Tiago Nunes, decepção
No jogo pela pré-Libertadores, contra o inexpressivo Aurora, da Bolívia, o Alvinegro abriu vantagem de 1 a 0, mesmo sem merecer. E aí buscou o recurso dos medíocres: cai-cai, simulação, cera e até um triste bate-boca entre treinadores. Aí, aos 51 minutos, vieram o empate e o castigo.
Expulso, Tiago Nunes não pôde se utilizar das mesmas desculpas de sempre na coletiva. Poupou a torcida do Botafogo daquele discurso tacanho e derrotista, agarrado a 2023. Agora, se despede do clube sem deixar saudade. Fará companhia a Bruno Lage e Lúcio Flávio, outros demitidos pela SAF que fizeram um péssimo trabalho. Que a direção alvinegra não saia ilesa mais uma vez e escolha bem o próximo treinador. Ainda há um bom tempo para salvar a temporada.
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