O mau momento do Vasco na Série A, com apenas uma vitória em sete jogos, vem causando uma onda de insatisfação em parte da torcida. Por isso, um grupo decidiu iniciar uma série de protestos contra a diretoria, desde a derrota por 4 a 2 para o São Paulo, sábado, no Morumbi. Um novo capítulo ocorreu na madrugada desta quinta-feira (25), já que faixas foram exibidas em diferentes lugares do Rio de Janeiro. A 777 Partners, empresa que administra o futebol, o presidente, Jorge Salgado, e o CEO da SAF, Luiz Mello, foram os principais alvos.

Inclusive, uma das críticas foi exposta no portão da casa de Salgado. O recado afirmava: “Aqui mora o pior presidente da história do Vasco”. Os torcedores estenderam mais uma faixa, dessa vez na entrada da social de São Januário, direcionada ao CEO da SAF, Luiz Mello. A propósito, a torcida se refere a ele como ‘agente duplo’, em alusão ao fato de que o profissional é torcedor do Flamengo. Os investidores norte-americanos também não escaparam e ganharam um faixa em uma das passarelas da Avenida Brasil, com os dizeres “Cadê a transparência?”

Reclamações dos torcedores do Vasco com destino ao presidente Jorge Salgado – Reprodução

 

Faixa com reclamações à empresa 777 Partners, que comprou o Vasco, na Avenida Brasil – Reprodução

Entenda a série de protestos no Vasco

O primeiro protesto ocorreu na madrugada do último domingo (21), quando o muro de São Januário amanheceu com pichações. As cobranças foram direcionadas ao técnico Maurício Barbieri, 777 Partners e Salgado. Além disso, após a entrada da equipe na zona de rebaixamento, mais de 50 pessoas realizaram um protesto em frente ao prédio onde se encontra o escritório da SAF, na Barra da Tijuca. Em seguida, eles foram para a porta do CT Moacyr Barbosa, na Cidade de Deus. Os manifestantes exigiam a saída do técnico e contratações de peso para o elenco.

Diretoria suspeita de cunho político

A quantidade e o teor dos protestos ligou o alerta na diretoria sobre um possível pano de fundo político. Afinal, é ano de eleição no Vasco. Acredita-se que as críticas direcionadas, após nove meses da venda da SAF, possam estar sendo financiadas por um grupo rival ao de Jorge Salgado e contrário ao controle de uma empresa externa. Inclusive, recentemente, o ex-presidente Alexandre Campello (2018-2020) acusou a gestão atual de receber uma comissão de 4% para a negociação com a 777, o que representaria R$ 28 milhões.

Em seguida, o Vasco emitiu uma nota oficial em que trata a declaração de Campello como “desrespeitosa”, “absurda” e “caluniosa”. No texto, há a promessa de uma ação judicial contra o ex-mandatário, que é abertamente um opositor ao modelo da SAF no clube.

Presidente Jorge Salgado está no centro dos protestos dos torcedores – João Pedro Isidro/Vasco

Próximo compromisso no Brasileirão

Para tentar abafar a crise, o Cruz-Maltino volta a campo para enfrentar o Fortaleza, no próximo sábado (27), às 16h, na Arena Castelão, em duelo pela oitava rodada do Brasileirão. O time de São Januário, que não vence há seis rodadas, se encontra na 17ª colocação, com seis pontos. O rival está em 11º, com dez pontos, e só tem uma derrota em sete partidas pela competição. Aliás, o Leão do Pici venceu o San Lorenzo, na última quarta-feira, por 3 a 2, e está perto de se classificar para a próxima fase da Copa Sul-Americana.

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