Com apenas quatro jogos, Anderson Conceição já é um dos capitães do Vasco. Na vitória sobre o Madureira, o zagueiro herdou a braçadeira de Nenê, que tinha sido poupado na partida. O jogador comentou sobre a liderança que exerce no elenco e destacou que o exemplo dado é o mais importante para conquistá-la.

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“A liderança é mostrada no dia a dia, como você trata as pessoas e trabalha. Eu procuro ser o Anderson profissional, para que os mais jovens me olhem e trabalhem também. Essa liderança é isso, é o conjunto para conquistarmos nossos objetivos”.

Anderson Conceição cabeceou a bola que originou o gol de Getúlio, o segundo do Vasco, no rebote do goleiro do Madureira – Rafael Ribeiro/Vasco

O exemplo destacado por Anderson Conceição foi visto na atitude de passar a braçadeira de capitão para Léo Matos, que havia entrado no segundo tempo da partida contra o Madureira. O zagueiro, que permaneceu em campo, afirmou que é necessário ter respeito a um companheiro que possui mais tempo de clube do que ele.

“Na minha cabeça sempre passa que pessoas que estão há mais tempo no clube têm que ser respeitadas. Venho de outros clubes, joguei na Europa e lá observei muito isso, respeitar quem estava antes. Não temos vaidade no grupo, a liderança é do mais novo ao mais velho. Senti que tinha que passar a faixa para o Léo, um cara que agrega muito para o grupo. Não foi nada pensado, apenas o que vivi em outros clubes e achava legal. Se tiver que acontecer de novo, vou fazer do mesmo jeito”.

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Além da liderança, Anderson Conceição vem mostrando muita personalidade e vem se destacando nos jogos com atuações convincentes. O zagueiro divide o mérito com os companheiros e elogia o elenco pela determinação.

“É a entrega em campo. Os jogadores que estão chegando estão com muita vontade e gana de fazer um Vasco novo para voltar ao seu lugar. As coisas estão acontecendo bem, mas ainda tem muita coisa pela frente, vão chegar jogadores. O que temos que fazer é manter esse espírito, manter a determinação, para manter a torcida do lado, porque isso nos faz muito forte”.

O Vasco enfrenta nesta quarta-feira, às 21h35, a Portuguesa, em São Januário. O Cruz-Maltino é o vice-líder do Carioca com 10 pontos, atrás do Botafogo no saldo de gols.

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Esquema com três zagueiros
“Eu já rodei por vários lugares, trabalhei com muitos treinadores e esquemas. O Zé deixou claro que gosta de mudar. Subi com o América-MG jogando no 3-5-2, jogamos muito bem, time muito ofensivo. Depende da característica do jogador. No campo do Madureira, por exemplo, sabíamos que o time jogava muito na bola aérea. Depende muito do jogo e do campo também, acho que conseguimos neutralizar os pontas, acabou dando uma sustentação para defesa e deixando o ataque bem posicionado para aproveitar as oportunidades”.

Comunicação com Cangá
Linguagem da bola é mais fácil. Não dá para ficar falando muito. Ele tem posicionamento muito bom, mas não dava para entender direito não, mas dava para se virar (risos).

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Mãe vascaína
“Minha mãe é Anderson Futebol Clube. Todo jogo ela manda mensagem motivacional, ora pom mim, veste a camisa do Vasco. É minha torcedora, sempre me apoiou. Por estar vestindo a camisa do nosso time de coração, ela está ainda mais realizada. Fim do mês ela vem para cá, vou levar ela no estádio para me ver jogar. Muito legal realizar o sonho dela me vendo jogar com a camisa do Vasco”.

Sentimento por jogar em São Januário
“Quando cheguei no vestiário deixei minhas coisas e subi no campo. Passou um filme na cabeça, olhei para baixo da arquibancada, onde morei e estar pisando ali, jogando com a torcida do Vasco, foi a realização de um sonho de moleque. Estou feliz com esse início, mas vamos continuar com os pés no chão, porque a caminhada é muito longa. Estou feliz e realizado de jogar no Vasco”.

Torcida
“Torcida tem feito uma festa muito bonita, canta o jogo inteiro e isso nos impulsiona a querer dar mais. Às vezes chego cansado no meio do jogo, a torcida canta e me faz querer correr mais e me motiva bastante”.

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