O Flamengo não fez uma partida ruim, a exemplo do adversário, mas como nenhum deles fez gol, esse 0 a 0 com o Inter ficará esquecido para sempre, sem qualquer utilidade para nenhum dos clubes, que não aproveitaram o empate de Corinthians e a derrota do Fluminense para avançar na tabela. A escalação contínua de reservas tirou o encanto do time carioca, que havia recuperado um esboço do futebol fantástico de 2019. É o chamado fim de feira. Dona Xepa. Os gaúchos aguardam as férias. E o Flamengo a provável ilusão das copas.
Se Dorival Júnior lançar equipe “alternativa” contra o Cuiabá, no próximo sábado, o Rubro-Negro cairá inapelavelmente diante do Corinthians, na primeira final da Copa do Brasil, quarta que vem. Afinal, chegará aos frangalhos em São Paulo.
Os times começaram mais preocupados em atacar, principalmente o Flamengo, que jogava em casa, e está em posição inferior na tabela. Na realidade, e à exceção do Palmeiras, entre os clubes da Série A, ambos não têm vaga na Libertadores 2023. Mas as equipes, quando chegavam à frente, criavam oportunidades. É fato também que os adversários estavam efetivamente interessados em ganhar, proporcionando uma boa partida, pois dificilmente havia paralisação. Não seria um exagero afirmar que os rivais ficavam muito mais confortáveis com a bola nos pés, apesar de limitações que atrapalham a sequência do jogo, como a mediocridade de Gomes, e o desempenho tímido de Edenílson e Maurício.
Na prática, o placar permaneceu em branco, até o intervalo, porque o Flamengo costurava em excesso. Afinal, queria marcar gol na pequena área. E o Inter não aproveitava os espaços oferecidos pela morosidade da zaga rubro-negra.
Etapa final de Flamengo e Inter
O cenário não sofreu grande modificação no começo do segundo tempo. O time da casa com maior posse de bola, sem qualquer objetividade, e o visitante explorando a fragilidade de David Luiz, que perde todas as jogadas, e o posicionamento confuso de Léo Pereira.
Aos poucos, no entanto, os apoiadores da equipe gaúcha subiram de produção, e o Flamengo não conseguia fazer a transição da defesa para o ataque, até que o técnico efetuou três substituições de uma vez, para mudar o panorama sombrio.
Eis que Mano Menezes, sugerindo que parecia feliz com o empate, lançou mais um zagueiro, e sacou Pedro Henrique, o mais eficiente do time, apostando basicamente em contra-ataques. O Rubro-Negro melhorou e voltou a procurar o gol. Mas a incapacidade de marcar arrancou qualquer brilho desse Flamengo, que ameaçou, em dado momento, voltar aos grandes momentos de 2019-20.
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