O Palmeiras venceu o Grêmio por 2 a 0, ganhou a Copa do Brasil, e mostrou que Renato Gaúcho tinha razão ao afirmar que necessita de reforços para a nova temporada, dado que a equipe de Abel Ferreira não teve muitos problemas para conquistar mais um título de 2020, além do Paulistão e da Libertadores. O jogo, aliás, deixou evidente o que ocorreu ao longo da temporada, que enfim acabou: o crescimento da força do time verde e a tremenda decadência do tricolor.

O Grêmio começou disposto a igualar o placar, dado que o Palmeiras fez 1 a 0 no primeiro jogo, e chegou a sugerir que poderia fazê-lo, dada a sua maior intensidade. Mas Rony desperdiçou ótima chance, em contra-ataque, aos sete minutos, e o time gaúcho percebeu que não poderia sair em busca do resultado sem descuidar da defesa. Assim, a partida ficou equilibrada.

Mas é fato que o Palmeiras, que tinha a vantagem de 1 a 0, deixava o adversário afobado, errando com maior frequência, notadamente nos momentos de acertar o último passe. Na realidade, pareceu, em algumas ocasiões, que o Grêmio precisava de vários gols para continuar em busca do título, um exagero que deveria ser corrigido por Renato Gaúcho no intervalo. Aliás, o primeiro tempo deixou a impressão de que a equipe do Rio Grande é ligeiramente inferior, no aspecto técnico, o que a etapa derradeira poderia – ou não, é claro – desmentir.

Na volta, o Grêmio, a exemplo do começo, voltou à carga. No entanto, aos sete minutos, Zé Rafael avançou sem ser incomodado, e largou para Wesley fazer 1 a 0, o que não só confirmava a tese de superioridade, como praticamente liquidava o duelo. O técnico tricolor ainda promoveu mudanças, o óbvio diante da situação, mas o seu time continuou sem encontrar soluções. Tanto que o Palmeiras sentiu tranquilidade suficiente para efetuar quatro substituições, o que poderia desfigurá-lo, no momento – meia hora do tempo final – em que, na teoria, ainda seria possível ao adversário reagir.

Isso não aconteceu. E a verdade definitiva veio aos 39: William foi levando – como foi no primeiro gol – e rolou para Gabriel Menino bater cruzado: 2 a 0. Uma vitória sem a maldição do VAR e sem polêmica. Sem retoques.

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