O técnico Jorge Sampaoli se despediu do Atlético-MG, clube com o qual tinha contrato até o fim deste ano. Com proposta do Olympique de Marseille, ele deverá ter a França como destino. No clube mineiro, o argentino recebeu tudo o que pediu, principalmente estrutura e jogadores aos montes. Foram tantos, que alguns mal chegaram a ser utilizados.

Durante o Brasileiro, o Atlético apresentou ótimos momentos, um futebol ofensivo e algumas vezes avassalador, como nas goleadas sobre o Vasco, por 4 a 1, e o Flamengo, por 4 a 0, ambas no Mineirão. Liderou, abriu vantagem e deu pinta até de favorito a erguer a taça. Mas foi definhando aos poucos e viu escorrer entre os dedos o título que não vem desde 1971. O incrível é que o mesmo Galo de atuações empolgantes conseguiu ser derrotado por três clubes rebaixados: Botafogo, Goiás e Vasco. Também perdeu para Bahia e Fortaleza. Inadmissível para um elenco tão caro!

Do lado de fora do gramado, Sampaoli mantinha o estilo peculiar de sempre, movimentando-se sem parar, discutindo com treinadores das equipes adversárias, gritando com os seus jogadores. Mas o trabalho foi desaparecendo. E, hoje, ninguém no Galo considera a saída um desastre. Longe disso. Ele vai embora em dívida.

É verdade que, em dois anos no futebol brasileiro, o argentino mostrou o seu trabalho e fugiu da mesmice tanto no Santos quanto no Atlético. Disse a que veio em alguns momentos, mas não veio para ficar. Tanto que nem mesmo o português se interessou em aprender. Resta saber se, agora, fará o mesmo com o francês. Oui ou non?

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