A estátua de Roberto Dinamite, inaugurada na última quinta-feira, em São Januário, foi uma homenagem justíssima ao maior ídolo da história do Vasco. Localizada atrás do gol, próximo da arquibancada, a obra imortaliza o eterno camisa 10 e deixa um legado para o estádio. O responsável pelo trabalho foi o artista plástico Mario Pitanguy, que se apaixonou pelo Vasco ao longo dos quase sete meses que levou para produzir a estátua. O escultor revelou que jamais acompanhou futebol, mas a interação o fez se tornar vascaíno.

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“Inicialmente o sentimento que predomina é gratidão pelo carinho que eu recebi do Vasco. Comecei o projeto sem me ligar muito em futebol, nunca acompanhei, e termino o projeto vascaíno, louco por futebol. Fico triste quando o time perde, alegre quando o time está bem, fruto do trabalho que foi feito”, afirmou Pitanguy, destancado o posicionamento do clube em favor das minorias.

A estátua de Roberto Dinamite está virada para a arquibancada por um pedido do ídolo – Joel Silva/Jogada10

“Estou muito feliz, não só pelo resultado do trabalho, pelo legado, mas por ter uma obra em um clube que tem uma torcida tão colaborativa, com uma história tão bonita relacionada as minorias, ao anti-racismo, a favor da comunidade LGBTQIA+. Eu estou muito feliz”.

Para produzir a estátua, Mario Pitanguy se reuniu com Roberto Dinamite, não só para questões técnicas da escultura, mas também para entendê-lo e conhecê-lo melhor. O artista plástico revelou que o sentimento do craque ao fazer o gol direcionou todo o trabalho que foi desenvolvido.

“Foi muito importante estar com o Dinamite, mas a única coisa que ele disse foi que gosta muito do contato com o povo. Quando ele fazia gol, corria para a torcida. Então isso basicamente direcionou o trabalho e por essa razão ela está virada para a torcida e não para o campo. Não é à toa que a gente viu ele no meio do povo, comemorando essa homenagem”.

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Pitanguy ainda destacou que teve total liberdade para fazer a estátua, fator determinante para o resultado satisfatório. O artista plástico agradeceu o Vasco pela confiança e explicou o motivo dos braços não estarem paralelos, como da foto que serviu como base para o projeto.

“Me deram umas imagens de referência dele comemorando gols e optei por fazer algo mais assimétrico, porque estátua, como o nome já diz, é uma coisa estática, então se fizéssemos com os braços paralelos, a comemoração talvez ficasse muito estática. Então eu optei por uma posição que desse a impressão de movimento. Eu tive muita liberdade para trabalhar e isso dá sempre o melhor resultado, direcionando o trabalho para o que é mais impactante, mais divertido de observar. Então agradeço o Vasco por essa liberdade”, finalizou o artista plástico.

A obra, feita de bronze nobre, foi concebida graças aos torcedores, que participaram de uma vaquinha promovida pelo Vasco. O trabalho foi orçado em R$ 190 mil e na época os vascaínos arrecadaram o valor em apenas cinco horas. Os doadores que contribuíram com mais de R$ 100 tiveram o nome gravado na base da estátua.

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