Embora o Palmeiras tenha aplicado um chocolate no Goiás, o técnico Abel Ferreira disse não ter gostado de uma coisa: os gritos de ‘olé’, vindos da arquibancada, durante a goleada por 5 a 0, neste domingo (7). O treinador considera que a provocação dos palmeirenses soa desrespeitosa para com os adversários.
Para o treinador, a brincadeira tende a fazer o time, em campo, deixar de jogar objetivamente. Assim, ele prefere que os palmeirenses sigam cantando e empurrando o time, em vez de gritar ‘olé’. Mas salientou que os torcedores têm liberdade de se expressar, temendo apenas que sua equipe pudesse ficar dispersa em campo:
“Venho habituado de uma outra cultura na Europa. Para mim, quando nosso time tem a bola e o torcedor está gritando ‘olé’, isso é desrespeitar o adversário. Mas o nosso torcedor é soberano e decide o que quer fazer. Eu só prefiro que ele continue nos apoiando e cantando nossas músicas. Os jogadores podem acabar passando a bola, indo para todos os lados e sem decisão, não gosto desse tipo de jogo. Há uma tendência em ser passivo quando isso acontece. O maior respeito ao rival é justamente fazer seu melhor e buscar atacá-lo sempre, em vez de só tocar a bola”.
Para Abel, vitória foi ‘consistente’
Embora o resultado tenha parecido fácil para o Palmeiras, Abel Ferreira considerou que o time encontrou lá suas dificuldades em certa altura. Para o técnico, o Verdão poderia estar melhor fisicamente e mentalmente que seu adversário, mas mesmo assim conseguiu um belo resultado. O português definiu a partida de seu time como sendo consistente, especialmente na segunda etapa:
“É um jogo que se previa difícil. A grama estava bem alta. Na Europa, é obrigatório que esteja baixinha. No segundo tempo, se estivessem 11 contra 11, teríamos que ter ainda mais intensidade, mas acho que deveríamos estar melhor. Eu disse a eles que não admitia não termos mais força física e mental que nosso adversário. Fizemos um grande jogo até os 25 minutos, depois o Goiás reagiu muito bem e nos obrigou a defender até o fim do primeiro tempo. Mas, depois da expulsão, ficou mais fácil. Os jogadores sabem o que fazer quando têm a vantagem numérica. Foi uma boa vitória e também consistente. Para mim, é isso que define a força de um time, a consistência”.
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