Jefferson Rodrigues

André, Nino e a lista de Diniz

E saiu a primeira convocação de Fernando Diniz como técnico da Seleção Brasileira. Uma lista que prometia repercutir e ter muita polêmica independentemente dos nomes que estariam nela. Afinal, teríamos jogadores do Fluminense? Nino, André? Ganso? Tivemos o zagueiro e o volante, Ganso ficou fora. Teremos jogadores de rivais do Fluminense? Também tivemos, Bento, goleiro do Athletico-PR e Raphael Veiga, do Palmeiras, mas nenhum jogador do Flamengo. Neymar será convocado depois da transferência para o Al-Ahli? Tá lá o nome do camisa 10 na lista. Todas essas perguntas finalmente foram respondidas nesta sexta-feira.

Veja aqui a lista dos convocados

O momento de Fernando Diniz é estável. O Fluminense avança na Libertadores, segue na briga pelo G4 no Campeonato Brasileiro. Oscila em campo, mas vive uma fase menos turbulenta do que vivia na época do anúncio de seu treinador como o novo comandante da Seleção Brasileira.

Nino ganha uma opoertunidade com Fernando Diniz  – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Uma pausa para que eu me posicione sobre um tema: nesta coluna, Fernando Diniz não será chamado de interino, porque não o vejo assim. Ele é o técnico da Seleção com contrato de um ano. Assim como treinadores de clubes assinam contratos de um ano. E será ele quem irá tomar as decisões nesse período, ele quem escolherá os jogadores, ele quem comandará os treinos e o time nos jogos. Sem um superior definindo nada para ele. Então, me desculpem, Diniz não é interino, é o técnico da Seleção.

A lista

Mas, vamos voltar para a lista. Conhecendo seu estilo de trabalho, Diniz montou convocou muitos nomes conhecidos de seus trabalhos anteriores. Bento, uma das novidades da lista, trabalhou com Diniz no Athletico-PR, assim como Bruno Guimarães. Dos trabalhos no Fluminense, Ibañez e Caio Henrique passaram pela mão do treinador que contará com seus homens de segurança André e Nino. Antony teve sua grande temporada no São Paulo sob o comando de Diniz, quando acabou vendido para o Ajax. Na Seleção, ele, enfim, tem um leque de atletas com qualidade suficiente para implementar sua filosofia de jogo com uma margem muito alta de acerto.

Diniz e a espinha dorsal da Seleção

Aliado a nomes conhecidos, Diniz manteve uma espinha-dorsal das últimas Copas (Alisson, Danilo, Marquinhos, Casemiro e Neymar) aliada ao talento da geração que se juntou no ciclo da Copa do Qatar: Rodrygo, Vinícius Junior, Matheus Cunha, Renan Lodi, Gabriel Martinelli e Richarlyson.

Ainda não acho a safra brasileira um primor, como outrora, quando entrávamos em todas as competições como favoritos ao título. Mas a geração que disputou sua primeira Copa em 2022 tem talento. E alguns novos talentos despontam com qualidade para melhorar o time que comandado por Tite não conseguiu passar das quartas de final nas duas últimas Copas.

Diniz começou a sua era nesta sexta-feira. O estilo de jogo nós já conhecemos e, quem gosta de bom futebol, já torce para que funcione. Que a Era Diniz traga bons frutos para a Seleção e o sucesso do treinador resvale no Fluminense para que o clube colha os frutos dessa decisão arriscada que tomou ao compartilhar seu treinador. Boa sorte, Diniz.

A LISTA:

Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Athletico) e Ederson (Manchester City);
Laterais: Danilo (Juventus), Vanderson (Monaco), Caio Henrique (Monaco) e Renan Lodi (Marselha).
Zagueiros: Ibañez (Al-Ahli), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense);
Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Joelinton (Newcastle) e Raphael Veiga (Palmeiras);
Atacantes: Antony (Manchester United), Gabriel Martinelli (Arsenal), Matheus Cunha (Wolverhampton), Neymar (Al-Hilal), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid) e Vini Jr (Real Madrid).

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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