Há dois anos, a Argentina perdia seu maior ídolo no futebol: Diego Armando Maradona. Para muitos, mais que um craque, um verdadeiro deus terreno que levou o país à sua maior glória no futebol. Não é surpresa que sua morte tenha causado uma verdadeira catarse no país, onde ninguém ficou indiferente ao desaparecimento do craque. É justamente no aniversário dessa comoção que a seleção entra em campo para um jogo decisivo na Copa do Mundo.

Maradona morreu em 25 de novembro, uma quarta-feira. Mas foi no dia seguinte que o país literalmente parou para acompanhar seu funeral. Foi uma emoção comparável apenas às mortes do cantor Carlos Gardel e da líder política Evita Perón, heróis nacionais que também partiram cedo demais. Em Buenos Aires, torcedores de todos os clubes, cada um com sua camisa, se abraçavam e choravam como velhos amigos. Todos unidos numa dor sem igual: a perda do grande ídolo.

Na Argentina, comoção por morte de Maradona só foi comparável a Gardel e Evita – Tomas Cuesta/Getty Images

Quis o destino que sua amada seleção argentina, aquela que Maradona defendeu com tanta paixão em quatro Copas do Mundo, fosse entrar em campo justamente dois anos depois de toda essa explosão de emoções no país. Calha da partida, aliás, ter um aspecto para lá de decisivo, já que a Alviceleste precisa vencer o México para seguir viva na Copa.

“Hoje é um dia triste. Esperamos dar a ele (Maradona) uma grande alegria amanhã, se ele estiver nos olhando lá do céu. Quando vemos as imagens, parece inacreditável que ele não esteja mais lá. É triste para todos nós, argentinos, mas esperamos que amanhã (sábado) seja um dia feliz”, afirma o técnico argentino, Lionel Scaloni.

Última vitória teve Maradona presente

Da última vez que a Argentina venceu em uma Copa do Mundo, Maradona estava lá. De seu camarote, na Rússia, ele viu de perto a virada em cima da Nigéria, por 2 a 1. O eterno camisa 10 foi um show à parte, ficando mais recordado por suas reações do que muitos lances do próprio jogo em si. Na altura, aliás, os argentinos também precisavam desesperadamente da vitória.

Maradona foi Maradona: comemorou, cantou, vibrou como se fosse um dos jogadores e até hostilizou com gestos aqueles que torciam contra a Argentina. Mas ficou marcada a imagem de um raio de sol que invadiu a posição em que estava, o único que penetrou pelo estádio naquele momento. Com os braços abertos, Diego parecia mesmo ser divino.

“Temos Maradona muito presente conosco. Para nós, argentinos, ele é uma pessoa muito importante, por isso o lembramos da melhor forma. Obviamente, é um dia triste mas esperamos possamos fazer o povo feliz”, disse o atacante Lautaro Martínez.

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