Auditor do STJD vê ‘fortes indícios’ de injúria racial e pede denúncia contra Rafael Ramos

Quase três meses depois, o caso da acusação da suposta injúria racial de Rafael Ramos, do Corinthians, contra Edenilson, do Inter, voltou a andar no STJD. Nesta sexta-feira, o auditor do inquérito sobre o caso, Paulo Sérgio Feuz, encaminhou um pedido de denúncia contra o português para a Procuradoria Geral Desportiva. De acordo com Feuz, “foram encontrados fortes indícios de ofensas de cunho racial praticada pelo atleta”.

“Diante do exposto e considerando o conjunto dos elementos probatórios capazes de caracterizar a prática da infração desportiva capitulada no artigo 243-G, caput, do CBJD, devendo o presente inquérito ser remetido à Procuradoria Geral Desportiva, para as providências de denúncia ao atleta Rafael Antônio Figueiredo Ramos, nos termos do artigo 82, parágrafo 3º, do CBJD” explicou o auditor Paulo Sérgio Feuz ao site do STJD.

Pelo artigo 243-G, que fala sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”, Rafael Ramos pode ser suspenso de cinco a dez partidas, além de uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

Relembre o caso Rafael Ramos x Edenilson

Durante o empate em 2 a 2 entre Inter e Corinthians, no dia 14 de maio, Edenilson acusou Rafael Ramos de chamá-lo de “macaco”. A partida ficou parada por cerca de quatro minutos na reta final do segundo tempo. O jogador do Timão chegou a ser detido após a partida, mas foi solto após pagar a fiança. Em depoimento no STJD, Edenilson manteve a sua versão sobre as ofensas do português. E a Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou o jogador.

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