Galo de Milito durante a derrota para o Peñarol – Foto: Pedro Souza / Atlético

Depois de uma primeira imagem magnífica e de resultados tão acelerados, duas derrotas do Galo de Milito podem ajudar na evolução dos processos. Foram, até o primeiro revés contra o Peñarol, 12 jogos de muito jogo colaborativo, de evidências táticas e de alto encantamento da torcida.
A Massa suavizou o peito e voltou a dar gargalhadas sem freio. O treinador argentino ganhou uma final de virada contra o Cruzeiro, organizou, reavivou o desejo pela posse da bola e pelo jogo impetuoso, atrevido, alegre, do jeito que o atleticano gosta.
Na primeira derrota para o Penãrol, o torcedor entendeu as circunstâncias de um mau dia. Não houve inspiração e o Galo já estava classificado. Porém, contra o Sport, não deu jogo. Gabriel Milito viu pela primeira vez o time ser dominado. O Sport de Mariano Soso foi dono das ações mais perigosas e, por muito pouco, o Galo não perdeu a classificação para as oitavas da Copa do Brasil no Recife.

A espinha dorsal do Galo

A peleja teve o agravante da falta de Otávio (lesionado), Jemerson (negociado) e Hulk (problemas pessoais). Ou seja, quase 30% da “espinha dorsal” do time foi modificada. A partir daí, debates desde a última quarta-feira (22), rendem no meio da Massa. O Atlético tem um “cobertor” curto? Até que ponto isso pode impactar as disputas? São perguntas e debates intermináveis.
Com a chegada de Bernard e a iminente possibilidade de volta do zagueiro Júnior Alonso, o Atlético adota a postura de: para chegar um, tem que sair outro ou haver uma “baita” oportunidade de negócio. O Alvinegro ainda terá que administrar problemas gerados pela Copa América – jogadores convocados em diversas seleções -. Vargas (Chile), Arana (Brasil) e ainda pode ter outros convocados como o caso de Alan Franco. Em contraponto, o colombiano Brahian Palacios teve seus primeiros minutos e Robert Santos, contratado junto ao Athletic, pode debutar em breve.
De qualquer forma, a avaliação matemática não pode ser tão linear: se uma ou duas peças a mais chegarem poderão dar o equilíbrio (além de Alonso e Bernard) necessário. Afinal de contas, o Atlético, se for campeão da Libertadores, pode garantir presença em dois mundiais (2024/2025), Libertadores (2025) e Recopa (2025).
Além do mérito desportivo, o time da Massa poderá resgatar na fonte parte desses investimentos. A diretoria afirma que vai seguir o orçamento à risca, já que, o futebol do Galo já está no limite dos gastos. Porém, a conquista da Libertadores pode alçar o CAM a um patamar imensurável na consolidação da sua gigante marca. Uma pitada de ousadia matemática não linear, mantendo o juízo, mas querendo ajudar o Milito, pode valer uma história inapagável. Uma boa engenharia financeira, parcelando no cartão, vai que cola!

Ginga e maleabilidade atleticana

Enfim, as derrotas recentes dizem que o time é bom, tem jogadores diferentes, mas que o Galo carece de um equilíbrio em algumas posições. Não foi saboroso ser derrotado nas duas últimas pelejas, mas pode ter sido um abrir os olhos para todos, a tempo de melhorar o caminho que pode ser mais feliz com um pouquinho de ginga ou maleabilidade. Nem precisa muito, nem é para perder o juízo das contas, é só um ajuste ali e acolá, sô! Espia lá!

Galo, som, sol e sal é fundamental

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