Dois fatos foram destaques na vitória de 3 a 0 sobre o Coritiba, na estreia do Brasileiro.  Primeiro,  o gol de Gabriel, um dos eternos heróis do clube. Depois, o retorno de Bruno Henrique, outra peça de grande valor em tempos recentes, após quase um ano de ausência. Sim, para desespero geral, notadamente de quem o odeia, o Flamengo ganhou.

Como dissemos no dia da derrota para o Maringá, previsível diante das circunstâncias, não é muito fácil resgatar vida normal depois da terra arrasada. O Flamengo encontrou enfim um ambiente favorável.  Dia claro, Maracanã com público suficiente, desejo de mostrar bom futebol, e um adversário tradicional, mas sem muita força.

Um louco que se julga gênio

É preciso saber viver, disseram Erasmo & Roberto, faz 60 anos. A cada dia aprendemos algo novo. Sabemos agora que jamais haverá nada tão satisfatório na história do clube como olhar para o banco e não encontrar Vitor Pereira cofiando a barba, com seu risinho irônico e a incompetência que o levou a perder cinco títulos em três meses. Não é fácil conviver 98 dias em uma cela com um louco que se julga gênio. Muitos torcedores de outros clubes saltaram do 12º andar ao tomar conhecimento da demissão do treinador lusitano.

Aliás, o que houve de melhor – na prática o único fato positivo até aqui – do Flamengo em 2023 foi a saída do pior técnico de 111 anos do futebol rubro-negro. Aquele que entregou o Mundial a um representante da Arábia Saudita. A contratação de Jorge Sampaoli também não somará muito de útil. Afinal, o próprio argentino é que pedirá demissão, provavelmente ao fim de julho. Não erramos, aqui, nenhuma previsão desde 2021. Releiam as colunas e concordarão. Mas é um alívio saber que Vitor Pereira está a bordo de uma imensa caravela, em alto mar. Entre as brumas da memória, a caminho do egrégio país colonizador.

A contratação de Jorge Sampaoli também não somará muito de útil. Pois, o próprio argentino é que pedirá demissão, provavelmente ao fim de julho  – Gilvan de Souza /CRF

A propósito, como fez a imprensa há meio século, deixando de publicar suicídios, para não incentivar a prática. Que tal  não falarmos mais sobre Vitor Pereira, para não reverenciar a sua vil existência.

Flamengo manda bem contra o Coritiba

No jogo contra o Coritiba, que completou o quarteto de vitórias dos cariocas na primeira rodada do Brasileiro, o Flamengo mandou do começo ao fim. Assim, abriu o placar com um golaço de Ayrton Lucas, com um chute de longa distância. E outro de pênalti, de Andrey em Gérson, cobrado por Gabriel, o homem que decidiu duas Libertadores, cada um no início de cada tempo.

Mário Jorge escalou o time de forma normal, sem inventar a roda, e o Flamengo fez o feijão com arroz, anotando os gols nos momentos corretos, sem sofrer sustos. Após 2 a 0, o time diminuiu a pressão e apostou nos contra-ataques, com um punhado de mudanças. E o Coritiba também providenciou várias trocas, tentando tornar o time mais ofensivo, sem resultado efetivo. Nos acréscimos, Pedro, para não perder o costume, enfiou 3 a 0.

Parece que o placar ficou de bom tamanho. Mas sem exageros que pudessem criar ilusões. Domingo, não será fácil, o Flamengo enfrenta o Inter em Porto Alegre. Contra os canhões marchar, marchar.

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