Camarões disse adeus à Copa do Mundo nesta sexta-feira (2), mas a vitória histórica sobre o Brasil foi muito comemorada pelos africanos. O gol do centroavante Aboubakar, nos acréscimos, fez os camaroneses encerrarem sua participação no Mundial com o moral elevado. O atacante, aliás, entrou para um rol seleto de jogadores que marcaram em vitórias sobre o Brasil em Mundiais, como Eusébio, Paolo Rossi, Henry e Sneijder.

Aboubakar, por sua vez, considera que a vitória em cima do Brasil fez Camarões deixar o Mundial com algo a comemorar. Apesar da eliminação precoce, o camisa 10, que foi expulso por tirar a camisa na comemoração de seu gol histórico, disse estar orgulhoso do que os Leões Indomáveis fizeram nesta sexta, em Lusail.

Aboubakar fetseja o gol da vitória camaronesa em cima do Brasil – Anne-Christine Poujoulat/AFP

“Mostramos um bom espírito coletivo. Eu disse aos meus companheiros que poderíamos vencer. Após os 35 minutos do segundo tempo, me foquei em meu posicionamento. Quando vi que meu companheiro (Ngom) ia cruzar, fui para a segunda trave: ele cruzou e eu marquei. É uma grande vitória, mas a classificação não dependia de nós. A eliminação é amarga, mas saímos da competição de cabeça erguida”, disse, ao canal francês ‘beIN Sports’.

Aboubakar repetiu Eto’o, há 19 anos

Camarões continua sendo a única seleção africana a ter derrotado o Brasil em jogos oficiais. Em 2003, eles venceram o Brasil na partida de abertura da Copa das Confederações, com gol de Samuel Eto’o, hoje presidente da federação camaronesa. O antigo craque, inclusive, assistiu ao jogo da tribuna de honra do estádio e vibrou muito com o gol vencedor.

Mas a última vitória camaronesa em uma Copa do Mundo, antes desta sexta, era ainda mais antiga: aconteceu em 2002. Na altura, eles venceram a Arábia Saudita por 1 a 0. Também foi Eto’o o autor do gol, naquela ocasião. Aboubakar, aparente herdeiro de seu legado, também destacou isso na hora de exaltar o triunfo sobre o Brasil:

“Já se passaram vários anos desde que Camarões venceu uma partida de Copa do Mundo. Isso já é uma margem de progresso. Acho que, nos próximos anos, a nova geração, espero, se sairá melhor do que nós”.

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