Mano Menezes, Odair Hellmann, Hernán Crespo, Fábio Carille, Vanderlei Luxemburgo, Maurício Barbieri, Rogério Ceni, Jorge Sampaoli, Eduardo Coudet, Pepa, Diego Aguirre, Zé Ricardo, Fabián Bustos, Vagner Mancini, Antonio Carlos Zago, Antonio Oliveira, Guto Ferreira, Lisca, Enderson Moreira e Argel Fuchs. Qualquer um destes levaria um time com 14 pontos de vantagem ao título brasileiro, mesmo pegando o bonde andando. Alguns têm trabalhos medíocres no futebol. Mas são, sobretudo, treinadores. Não são estagiários. Ao Botafogo, para ser tricampeão nacional, bastava uma campanha de meio da tabela no segundo turno, algo que Lucio Flavio não conseguiu no time B do Alvinegro.

O Botafogo mapeou o mercado e ouviu quem não deveria: um elenco paneleiro e sem dignidade. Um plantel responsável, na última quarta-feira (1), pela derrota mais dolorida de todos os tempos. Os jogadores derrubaram Bruno Lage, que também merece críticas, e deixaram a diretoria de mãos atadas. Afinal, nenhum cartola deste planeta, com SAF ou não, se negaria a atender o pedido de um time que colocou dois dígitos de vantagem sobre o segundo colocado. No entanto, o grupo escolheu a personificação do fracasso, um dos símbolos do chororô, do “quase-gol” e fantasma que simboliza o medo de vencer. O metafísico pesa em um clube extremamente supersticioso.

Lucio Flavio é uma maldição na história do Botafogo – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Para aumentar o quadro catastrófico, estes mesmos sanguessugas, contra o Vasco, na segunda-feira (6), em São Januário, não moveram uma palha pelo treinador que eles bancaram. Tiquinho furou uma bola e levou, propositalmente, um cartão amarelo para não enfrentar o Grêmio. Perri segue falhando. Parece com a cabeça no Lyon (FRA). Bastos poderia ter sido expulso no início do clássico. O carismático Segovinha não tem massa muscular para atuar no profissional. Marçal é uma afronta à torcida do Botafogo. A faixa de capitão se recusa, literalmente, a ficar nos braços do inoperante Eduardo. O Cruz-Maltino, por sua vez, teve brios. E, principalmente, treinador. Enfim, mais uma noite de arregada.

Botafogo está à deriva

Desnecessário, então, apontar que os atletas são responsáveis pela maior entregada da história do futebol. Porém, Lucio Flavio, por mais que seja amigo dos jogadores e bom de reza, não é santo. Em duas passagens como interino do Botafogo, obteve, respectivamente, 25% e 41% de aproveitamento. Sua falta de capacidade para comandar um time de Série A era tão flagrante que, em junho, a SAF se antecipou ao elenco para o Passageiro da Agonia não ficar à frente do time e destruir o excelente trabalho de Luís Castro.

O dublê de treinador do elenco poderia, antes de tudo, dirigir-se aos jogadores e lembrar: “Não tenho competência para assumir esse cargo. Estou me preparando para ser técnico. Não quero prejudicar o clube”. Mas preferiu embarcar no Culto do Fracasso dos jogadores alvinegros. Como não é possível demitir os pipoqueiros, os diretores têm a obrigação de impedir que o fantoche volte a pisar no Botafogo. Que seja feliz na Lagoinha em outro lugar, bem longe do Estádio Nilton Santos.

Frouxo, perdedor, apático, sem liderança no vestiário e moral para cobrar o elenco, afinal, é apaniguado dos jogadores, Lucio Flavio conquistou UM ponto em 12 disputados no momento em que a equipe poderia estar com as duas mãos na taça. Contra o Vasco, mostrou-se totalmente perdido para, inclusive, fazer o feijão com arroz. Sua alterações foram catastróficas. Na coletiva de imprensa, não esboçou reação alguma. Chega! Não é possível tanta desgraça e humilhação!

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

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