Com a derrota do Qatar para o Equador logo na estreia da Copa do Mundo, as esperanças do chamado Mundo Árabe devem recair a partir de agora sobre a Tunísia. Afinal, ela é um dos próximos países da região a estrear, nesta terça-feira (22), contra a Dinamarca, em Al-Rayyan. Embora a Arábia Saudita jogue horas antes, contra a Argentina, é a seleção vermelha e branca que parece ter mais chances de surpreender.

De fato, é possível considerar que os tunisianos jogam praticamente em casa. A torcida foi uma das primeiras a chegar no Qatar e dominou as ruas de Doha já na semana anterior ao início do Mundial. E os fãs são apaixonados: estão entre os mais fanáticos da África e prometem fazer com que o Estádio da Cidade da Educação faça lembrar o Olímpico de Radès, casa da Tunísia em sua própria terra.

Tunísia vem de bons resultados antes da Copa – Christophe Archambault / AFP

Ademais, parece depositada no time tunisiano a esperança de um bom resultado para uma equipe árabe. Depois da péssima impressão deixada pelo Qatar e pela pouca expectativa sobre os sauditas, as Águias de Cartago despontam como um time a ser visto. Realmente, há motivos para crer nisso, como as vitórias recentes sobre Irã, Japão e Chile, na preparação para a Copa. Só pesou contra a goleada sofrida para o Brasil.

Seleção tem jogadores baseados na região

A equipe da Tunísia tem outro ponto a seu favor: o fato de estar acostumado a jogar no próprio Mundo Árabe. Além dos vários jogadores que defendem clubes tunisianos, já outros que se espalham por clubes do Egito, Arábia Saudita e Kuwait. Dois atletas, inclusive, jogam em times do Qatar. O meia Sassi joga no Al-Duhail, enquanto o capitão Msakni defende o Al-Arabi.

A propósito, a seleção da Tunísia vem de uma jornada recente de sucesso no país da Copa. Em 2021, o time foi vice-campeão da Copa Árabe, perdendo a final para a Argélia, na prorrogação. No entanto, terminou à frente do Qatar, que ficou em terceiro, e ainda produziu o artilheiro da competição: o atacante Jaziri, com quatro gols. Também chamado à Copa, ele defende o egípcio Zamalek.

“Estamos em um grupo forte, com a França, que é a atual campeã mundial. Há também a Dinamarca, que os venceu recentemente. E ainda a Austrália, que é um bom time e que conheço bem. Mas nosso objetivo é necessariamente passar pela fase de grupos. Iremos pensar em um jogo de cada vez”, garante o atacante Ali Abdi, que joga no Caen, da França.

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