Ser o melhor jogador do mundo é o maior feito individual que um futebolista pode alcançar. Mas nem todos que alcançaram este nível puderam jogar uma Copa do Mundo. É o caso de George Weah, centroavante nascido na Libéria, que fez história pelo Milan e ganhou a Bola de Ouro da FIFA em 1995. Se não pôde chegar a um Mundial, é o filho dele que realizará o sonho da família, neste ano: Timothy Weah, atacante dos Estados Unidos.

Weah, o pai, foi artilheiro do Mônaco e do Paris Saint-Germain. Posteriormente, chegou ao Milan, da Itália, onde conquistou o prêmio de melhor jogador do planeta. Embora fosse um sucesso nos clubes, nunca conseguiu repetir isso pela seleção da Libéria, o pequeno país africano em que nasceu. Foram quatro tentativas de levar sua terra natal à Copa do Mundo, todas fracassadas.

George Weah brilhou no Milan, mas nunca pôde levar a Libéria a uma Copa – Claudio Villa/Allsport

Mas o destino de ver um Weah chegar a uma Copa levaria tempo para ser escrito. Quando George estava no Chelsea, se tornou pai de um menino, nascido em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Era Timothy, que poderia escolher a nacionalidade do pai, ou a da mãe, jamaicana. Preferiu a norte-americana e foi chamado a todas as seleções de base até chegar à principal, com apenas 18 anos.

“É verdade que ele (George Weah) nunca disputou uma Copa do Mundo. Já discutimos isso juntos. Mas isso o deixa orgulhoso e feliz em me ver lá hoje. Quando ele soube que fui convocado, gritou lá em casa (risos). Isso me deixa orgulhoso também. Nesta Copa do Mundo, também vou jogar um pouco por ele”, diz Timothy.

Weah vem se destacando na França

Os Estados Unidos voltam à Copa do Mundo depois de ficarem ausentes em 2018. Timothy Weah é um dos jovens que são parte de uma profunda renovação na seleção. Há três anos no Lille, da França, ele fez parte do plantel do Paris Saint-Germain antes disso, faturando dois títulos nacionais. Passou ainda pelo Celtic, da Escócia, num curto período.

Embora não tenha titularidade garantida, Weah é nome comum nos jogos do time de Gregg Berhalter. Assim, o jovem de 22 anos desponta como uma das peças que podem ajudar os Estados Unidos a fazerem uma boa campanha no Qatar, onde estreiam nesta segunda (21), contra País de Gales. O garoto nutriu esse sonho desde cedo, por influência do pai, mas também por sentir essa atmosfera de perto:

“Acho que jogar uma Copa é o sonho de todo mundo que ama futebol. Em 2010, estive com meu pai na África do Sul. Vimos muitos jogos, incluindo a final. Quando você tem dez anos e assiste a isso, com jogadores como Iniesta e Robben em campo, isso mexe com você. Naquele dia, eu disse a mim mesmo que também jogaria uma Copa do Mundo. Agora, tenho essa chance e mal posso esperar para começar”.

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