Futebol Internacional

Justiça espanhola abre investigação sobre insultos racistas a Vini Jr

Um dia após o Atlético de Madrid tomar as primeiras providências sobre os insultos racistas de seus torcedores contra Vini Jr, mais um desdobramento do caso. A Justiça espanhola abriu investigação para apurar as ocorrências antes e durante o clássico contra o Real Madrid. O Ministério Público Provincial de Madri fez o anúncio nesta sexta-feira (23).

No comunicado, o órgão destacou que a investigação ficará concentrada “nos cânticos de conotação racista ouvidos dentro e fora” do estádio Metropolitano. Além disso, o MP requer no processo que a polícia “analise as gravações de vídeo” durante a partida. O objetivo seria “identificar os autores dos insultos racistas e, se for o caso, informar se essas pessoas têm alguma relação com grupos violentos, ou com movimentos de ideologia extremista”.

Momento em que Vini Jr e Rodrygo comemoram dançando em um dos gols do Real Madrid no Metropolitano – Oscar del Pozo/AFP via Getty Images 

Ainda de acordo com o Ministério Público, a investigação terá de esclarecer “se mais episódios de conotação racista se repetiram dentro do estádio”. Assim, também pede ao departamento de segurança do Atlético de Madrid que colabore com todas as informações possíveis. A súmula do jogo, inclusive, foi requerida.

Além dos insultos racistas, os torcedores do Atleti arremessaram objetos na tentativa de atingir Vini Jr. No primeiro gol do Real, anotado por Rodrygo, ambos comemoraram dançando.

A LaLiga informou os fatos lamentáveis à comissão disciplinar da Federação Espanhola de Futebol. Na última quarta-feira (21), o CEO do Atlético, Miguel Ángel Gil Marín, emitiu um comunicado, afirmando que é “inaceitável alguém pensar que os torcedores são racistas” e que medidas seriam tomadas.

Caso Vini Jr: repercussão em toda a Espanha

O caso de injúria racial sofrido por Vini Jr, inclusive, chegou ao Congresso da Espanha. Dessa forma, o Parlamento espanhol aceitou, de forma unânime, a denúncia contra o Atlético. Exigiu, ainda, que as entidades do futebol tomem medidas. Além disso, deixaram claro que os casos de racismo no futebol do país não acontecem em casos isolados.

A polêmica envolvendo Vini Jr começou quando Koke, do Atlético, disse em entrevista que o atacante não deveria dançar caso fizesse um gol no clássico. Depois, o presidente da Associação Espanhola de Agentes de Jogadores de Futebol, Pedro Bravo, no programa de televisão El Chiringuito, afirmou que o brasileiro deveria “parar de bancar o macaco” em razão das danças nas comemorações de gols.

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Felipe David

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