O Flamengo de Vitor Pereira – que entregou o Mundial de Clubes a um clube da Arábia Saudita e perdeu quatro títulos em 65 dias – apanhou do Aucas por 2 a 1, na estreia da Libertadores. Mas o que interessa hoje de fato é demitir o treinador lusitano. Com ele, o Rubro-Negro não ganhará nada. Domingo completará cinco derrotas em cinco decisões. Colocar Vitor Pereira de técnico é como levar um leão para um quarto e sala onde vivem várias pessoas. A tragédia é certa.

Gol do Aucas em cima do Flamengo de Vitor Pereira, o gênio d’além mar – Divulgação/Conmebol

Os donos do clube conservam o cidadão no cargo, sem que haja motivos aparentes para tal, e ele vai superando seus próprios recordes negativos. Não há quem suporte tecer críticas a cada jogo. Protestos são inúteis. Quem tem o poder de mando é que decide. E assim continuará. Fazer crônica de causa perdida a cada semana é estabelecer uma rotina extenuante para todos – quem escreve, lê e comenta. Cá entre nós, ninguém agüenta mais solicitar a saída do cidadão. É cada vez mais do mesmo.

Flamengo com reservas de início?

A TV solicitava: não deixa a azia estragar o jogo. Basta, no entanto, olhar o rosto do treinador – e o time reserva que o elemento escalou – para passar mal. O Flamengo começou tentando segurar o jogo, para evitar o desgaste na altitude, e impedir que a hipotética velocidade do Aucas pudesse explorar os prováveis erros da zaga rubro-negra. Na realidade, o que a direção do clube deve fazer, em estréia de Libertadores é lançar os titulares e buscar a vitória, diante de um adversário visivelmente frágil, e sem torcida – o estádio estava com pouco público. E então, se construído o resultado no tempo inicial, o que era perfeitamente possível diante do que se via, trocaria as peças principais. Aos 38 minutos, sem forçar, Matheus França fez boa jogada individual e abriu o placar: 1 a 0.

Vitor Pereira faz das suas

O Aucas voltou para o segundo tempo disposto a empatar, marcando sem trégua, e criou várias oportunidades, enquanto o Flamengo não conseguia encaixar os contra-ataques, apesar dos espaços deixados pelo avanço dos equatorianos. O treinador luso – que entregou o Mundial de Clubes a um clube da Arábia Saudita – não tomava conhecimento da pressão dos locais, e a igualdade parecia óbvia, tanto que aos 14 minutos Castillo bateu de fora da área: 1 a 1. Aí o cidadão promoveu três mudanças, Mas a virada era questão de tempo: pouco depois, o mesmo Castillo entrou à vontade e tocou na saída de Santos, mas a arbitragem anulou o gol, alegando falta em Varela.
Daí em diante, o que se viu foi um joguinho safado, o Flamengo equivocadamente satisfeito com o péssimo resultado, e o Aucas brigando contra as limitações. Mesmo assim, aos 39, Ordoñez enfiou 2 a 1, algo lógico diante da incompetência de Vitor Pereira e a péssima atuação do time carioca.

Fla-Flu

Sobre o Fla-Flu: o jogo de domingo passado foi atípico. Prestem atenção. O Fluminense perdeu uma chance aos cinco minutos, o Tricolor não acertou mais nada, levou um gol curioso – ninguém marcava Ayrton Lucas, teve Samuel Xavier expulso, tomou outra bola nas redes, e German Cano, artilheiro em praticamente todas as ocasiões, não viu a cor da bola. O  Fluminense não jogará tão mal duas vezes consecutivas. E o Flamengo será o medíocre de sempre. A esperança que resta é a demissão de Vitor Pereira. Como isso parece improvável, dada a teimosia, o Rubro-Negro não resistirá. O Flamengo perderá o Estadual, mas haverá iimensa compensação, pois o gênio d’além mar – que entregou o Mundial de Clubes a um clube da Arábia Saudita – vai embora.

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